As quase 11 mil pessoas presentes no Estádio do Pacaembu viram uma atuação do Santos nada muito diferente das últimas partidas. Com dificuldades para criar, o time comandado por Jair Ventura pouco fez ofensivamente, principalmente no segundo tempo, e viu Vanderlei em mais uma grande tarde. O goleiro, porém, não evitou a derrota do Peixe por 1 a 0 para o Cruzeiro, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.
O primeiro tempo teve dois cenários bem distintos. Os 20 minutos inciais foram de muita intensidade, com ambos os times em busca do gol e criando boas chances. Aos poucos, o ritmo foi caindo e a posse de bola passou a ser a prioridade do Cruzeiro, que tentava conter a velocidade do Santos. Assim, porém, o Peixe criou sua melhor chance, no contra-ataque, com Gabigol, que foi interceptado por Dedé de forma providencial. Do lado cruzeirense, Rafael Sobis foi quem criou mais perigo.
A intensidade de parte dos 45 minutos iniciais não foi repetida em um minuto sequer do segundo tempo. Mesmo em casa, o Santos adotou uma postura cautelosa e passou a ter o contra-ataque como trunfo para sair com os três pontos. Do lado do Cruzeiro, a posse de bola era a estratégia e com ela saiu o gol da vitória. Aos 30 minutos, Bruno Silva aproveitou o desvio de Raniel no escanteio e colocou para o fundo da rede.
Nos minutos finais, o Santos tentou pressionar e Bruno Henrique por pouco não conseguiu o empate. Porém, a Raposa também esteve perto de ampliar a vantagem, com Rafael Sóbis. No fim do jogo, o time da casa saiu de campo sob vaias da torcida.
Como um jogo entre dois times que precisam do resultado, o início foi de bastante intensidade, com os dois ataques obrigando muito trabalho dos goleiros. Logo no primeiro minuto, Rafael Sobis tentou surpreender Vanderlei, mas teve o chute desviado. Na sequência, a resposta do Santos veio com Jean Mota, que tentou um arremate bonito no cruzamento de Dodô, mas concluiu nas mãos de Fábio.
A rápida movimentação do trio de ataque do Peixe formado por Gabriel, Rodrygo e Sasha é sempre uma preocupação para os adversários e atenção redobrada é a palavra de ordem. Porém, Léo se complicou na saída de bola e tocou nos pés do camisa 10 santista, que cortou para o meio e testou o goleiro do Cruzeiro, providencial para espalmar. A resposta mineira, aos 11 minutos, foi com Sobis, que bateu rasteiro e sem grande perigo para Vanderlei.
Aos poucos, a partida perdeu em intensidade e o Cruzeiro passou a ser melhor. Se Léo quase entregou do lado mineiro, Gustavo Henrique fez questão de “retribuir” o presente. O zagueiro errou o passe na saída de bola e deixou com Robinho, que acionou Rafael Sobis na entrada da área. O atacante pegou firme e obrigou grande defesa do arqueiro santista.
Jogando em casa, o Santos voltou a sofrer com a falta de criatividade e continuou apostando nos flancos do campo para as jogadas mais promissoras. Uma das mais perigosas, porém, veio em uma grande jogada de Rodrygo, que atuou mais centralizado no primeiro tempo. Aos 35 minutos, o “raio” acionou Gabriel para sair sozinho em direção à Fábio, mas o camisa 10 não contava com a recuperação de Dedé. O zagueiro alcançou o rival e deu o bote preciso antes do chute.
A intensidade do primeiro tempo ficou no vestiário assim que os times foram para o intervalo. Na segunda etapa, as propostas estavam bem definidas e, enquanto o Cruzeiro tinha a bola e trocava passes em busca de espaço, o Santos apostava na boa aplicação defensiva e nos contra-ataques para assustar Fábio.
As chances, sem grande perigo, criadas pela Raposa nos 20 minutos iniciais fizeram Jair Ventura atender às solicitações dos torcedores presentes no Pacaembu que, desde o intervalo, pediam a entrada de Bruno Henrique. O atacante, em sua reestreia na temporada depois de problemas físicos e clínicos, conseguiu uma boa arrancada logo em seu primeiro lance, mas acabou perdendo o ângulo para conclusão.
Aos 29 minutos, o Cruzeiro conseguiu sua melhor chance na partida. Raniel aplicou um grande chapéu e encontrou o caminho livre para avançar, mas abriu grande bola do lado direito para Robinho. O meia saiu cara a cara com Vanderlei e tentou encobrir o goleiro santista, que operou um milagre e pôs para escanteio. Na cobrança do tiro de canto, porém, a grande intervenção do arqueiro do Peixe pouco adiantou. Bruno Silva aproveitou o desvio e testou para as redes.
Atrás no placar, o Santos ensaiou uma pressão na reta final da partida e abriu espaços para o contra-ataque do Cruzeiro. Bruno Henrique quase marcou em sua reestreia na temporada e Sobis, do outro lado, fez tudo certo, mas a bola saiu rente à trave de Vanderlei.