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TJD julgará árbitros, jogadores, técnico e clube por agressões em partida da Copa FMF

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A 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso (TJD) vai julgar, na próxima terça-feira (24), todos os envolvidos em uma confusão durante o jogo entre Mixto e União, pela Copa Federação Mato-grossense sub-21, no dia 17 de outubro, no estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis. Foram denunciados o árbitro Daniel Martins, o auxiliar Benílson Gomes de Souza, o técnico do clube cuiabano, Evanildo dos Santos, o “Vevé”, e o União, por ser o mandante do jogo. Cinco atletas do Mixto também foram citados pelas agressões e podem ser punidos.

O árbitro Daniel, que pertence ao quadro da FMF, responderá pelo artigo 266 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por deixar de relatar as ocorrências da partida ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição dos agressores. A pena prevista é suspensão de 30 a 60 dias e multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

O auxiliar Benílson, um dos protagonistas do conflito, foi citado nos artigos 259, por ter supostamente deixado de observar o regulamento (suspensão de 15 a 120 dias), 260, quando há omissão no dever de prevenir ou coibir violência entre os atletas (suspensão de 30 a 180 dias), e 273, que condena excesso ou abuso de autoridade (suspensão de 15 a 180 dias). Os três artigos preveem multa de R$ 100 a R$ 1 mil para os infratores. O “bandeirinha” ainda acabou enquadrado no artigo 263, que prevê suspensão de R$ 100 a R$ 1 mil, e suspensão de 5 a 60 dias, para aqueles que deixarem de comunicar à autoridade competente que não estão em condições de exercerem suas atribuições.

Ediley, André Bueno, Luiz Henrique, Júlio César e o goleiro Lucas, todos jogadores do Mixto, também responderão pela confusão generalizada. Ediley, Júlio César e André Bueno foram enquadrados no artigo 243-F, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil para aquele que “ofender alguém em sua honra”. Lucas e Luiz Henrique, assim como Júlio César e André Bueno, respondem também pelo artigo 254-A, quando há agressão física. A pena prevista é suspensão de 4 a 12 partidas. O técnico Vevé responderá pelos dois artigos.

O União Esporte Clube foi incurso nos três primeiros incisos do artigo 191, por ter supostamente deixado de cumprir obrigação legal, ato normativo de entidade do desporto a que estiver filiado ou vinculado, e regulamento geral da competição. A multa varia de R$ 100 a R$ 100 mil. O clube também foi enquadrado como infrator do artigos 13 e 30 da lei 10.671, que estipula que o torcedor tem direito à segurança e a partidas com arbitragem imparcial, independente, previamente remunerada e isenta de pressões.

O juiz Daniel, o auxiliar Benilson, o União, os atletas Júlio César, André Bueno e Ediley, além do técnico Vevé, também responderão pelo artigo 223 do CBJD, por supostamente deixarem de cumprir ou retardarem o cumprimento de decisão ou resolução da justiça desportiva, com multa prevista de R$ 100 a R$ 100 mil.

Conforme Só Notícias já informou, segundo a versão do juiz, a confusão teve início com as expulsões dos reservas Ediley e André Bueno, ambos por o agredirem “verbalmente”. De acordo com Martins, Ediley o teria chamado de “juiz ladrão! Seu fraco! Muito ruim!”. André Bueno, por outro lado, teria acusado o árbitro de estar comprado e ainda teria invadido o campo para agredi-lo, empurrando seguidas vezes, na altura do peito e do rosto, o árbitro assistente Benilson Gomes de Souza e influenciando um “tumulto generalizado”.

Em seguida, o goleiro Lucas Viana e o jogador Luiz Henrique, segundo o relato de Daniel Martins, teriam entrado no campo também para agredir o assistente. O arqueiro teria desferido um chute na cabeça do auxiliar, “causando um hematoma”, enquanto Luiz Henrique é acusado de o atingir com um pontapé na altura do abdômen. Ambos só teriam parado de agredir o “bandeirinha” com a intervenção da Força Tática, que usou spray de pimenta para dispersar os “brigões”. O técnico Vevé, relatou o árbitro, apoiou o conflito e também tentou agredir o assistente. “Safado, vagabundo, ladrão! Tem que apanhar mesmo!”, teria dito o treinador ao juiz.

Daniel, por outro lado, não citou qualquer agressão ou mesmo tentativa de defesa por parte da equipe de arbitragem, principal reclamação do presidente do Mixto, Paulo César Gatão, que culpou o assistente de ter começado a confusão. Ainda segundo o presidente, alguns dos jogadores registraram um boletim de ocorrência contra o assistente na delegacia da Polícia Civil de Chapada dos Guimarães, assim que o grupo retornou de Rondonópolis.

O jogo terminou em vitória para o União por 3 a 0.

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