A denúncia de ‘armação’ no jogo entre Barra do Garças e União de Rondonópolis, pelo Campeonato Mato-grossense deste ano, será julgado na próxima terça-feira. A ação foi movida pela diretoria do Luverdense, de Lucas do Rio Verde, que se sentiu prejudicado pelo ‘acordo’ entre Barra e União. O recurso especial foi acatado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Matogrossense de Futebol (FMF). O resultado pode tirar o União, vice-campeão estadual, da Copa do Brasil do ano que vem.
O Luverdense pleiteia uma das vagas, destinada a campeão e vice do certame. A ‘combinação’ teria acontecido na semifinal. O time de Lucas do Rio Verde precisava vencer o Mixto para ir às finais, mas perdeu por 1 a 0. No mesmo momento, jogavam, em Barra do Garças, União e Barra para decidir a outra vaga na final. O Barra estava vencendo e, quando soube que o Mixto venceu o Luverdense e ficaria fora da final, teria amolecido o jogo e permitido a virada. Se o União perdesse, era o Luverdense quem iria para a final. Como o União acabou “ganhando” por 3 a 2, foi decidir o título contra o Mixto.
Barra e União serão julgados por infringir os artigos 215 e 275 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O 215 penaliza quem deixar de apresentar a equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida. O jogo demorou 21 minutos para começar. O atraso permitiu que soubessem do resultado do jogo entre Mixto e Luverdense. A pena prevista no artigo é multa de até R$ 5 mil por minuto de atraso. Se o atraso for superior tempo previsto no regulamento da competição, o infrator responderá pelas penas previstas no artigo 203. A penalidade para os incursos neste último, prevê perda de pontos em disputa a favor do adversário, na forma do regulamento, e proibição de participar de campeonatos subsequentes.
Já o artigo 275, penaliza o clube que proceder de forma atentatória à dignidade do desporto, com o fim de alterar resultado de competição. É neste artigo que estão as chances do União ser desclassificado e do Luverdense assumir sua vaga na Copa do Brasil. O 275 diz que se do procedimento (combinação) resultar a alteração pretendida, o TJD poderá anular a partida, bem como, os ‘frutos’ colhidos pela suposta armação, neste caso, a vaga no torneio nacional.