A proporção que tomou a negociação pela renovação do contrato de Paolo Guerrero incomoda Tite. O treinador do Corinthians deixou claro o desconforto na entrevista concedida na sexta-feira, no CT do Parque Ecológico, e encerrou o assunto após a terceira pergunta sobre o peruano.
“Vamos combinar. Só para eu não ser antipático nem deseducado, porque não gosta. É a terceira. Depois, combinamos que fechou? É ficar focado no trabalho, no dia de hoje, agora”, afirmou o treinador, pouco antes de partir ao estádio de Itaquera para mais um treino.
“Quando você começa a pensar em coisas que não são o campo, não são o treinamento, chega na hora do jogo e falta. Eu sei, tenho experiência. Você fica pensando em outras situações que não são o agora… Deixa as coisas acontecerem ou vai interferir no trabalho”, acrescentou.
Guerrero está em arrastadas negociações com o Corinthians. Seu contrato expira em julho, e o jogador pede mais de R$ 18 milhões só como prêmio pela assinatura de um novo acordo. A menos de seis meses do fim de seu compromisso com o clube, o centroavante já pode assinar um acordo com qualquer outro time.
Tite não acredita que essa atitude seja tomada sem aviso prévio. “Ele teria passado a mim e à direção, tenho certeza absoluta. Não estou fazendo média. O histórico dele aqui mostra como ele é. Eles estão conversando sobre a possibilidade de renovação”, disse o treinador, antes de encerrar o assunto.