O Brasil volta a disputar uma partida na noite dessa sexta-feira 63 dias após cair nas quartas de final da Copa do Mundo diante da Bélgica. O amistoso contra os Estados Unidos, marcado para às 21h05 (de Brasília), em Nova Jersey, obviamente não tem o mesmo valor, mas, de alguma forma, pode ajudar a Seleção Brasileira a sair de uma ressaca brava.
“O sentimento de que eu tenho falado é de que chegue logo a entrada de campo, a gente quer continuar, porque a dor ainda está muito forte. Não adianta dizer que não, é o sentimento geral, é o meu e de todos os atletas. Neymar disse que ficou uma semana em casa, as pessoas às vezes não têm dimensão, esse envolvimento é muito forte. Eu acordei de noite algumas vezes achando que tínhamos empatado”, revelou Tite, ao seu estilo.
“Deixamos de competir no primeiro tempo, qualidade de Hazard, De Bruyne, Lukaku, com muita efetividade. E até o acaso. Tivemos dois lances de bola parada e tivemos duas chances. Na que teve a Bélgica, a bola desvia na mãe do Fernandinho sai o gol. O futebol proporciona isso. Dava momentos de ajustes e desajustes no meio após a lesão do Renato”, avaliou o treinador brasileiro, ainda remoendo tudo que se passou naquele 2 a 1, na Rússia.
Comandante da única seleção pentacampeã do mundo, Tite carrega também a pressão por ser subordinado a pessoas diretamente envolvidas em escândalos dentro do futebol. José Maria Marín, ex-presidente da CBF, por exemplo, está preso bem perto do palco da partida dessa sexta. Questionado sobre o assunto, Tite fugiu de qualquer polêmica com seus chefes.
“Eu entendo a tua pergunta, só que ela é endereçada para a pessoa errada. Tenho uma visibilidade muito grande no meu cargo, uma responsabilidade muito grande, e a Seleção é um departamento dentro da CBF, as pessoas que comandam, decidem. Eu tenho muito orgulho da minha carreira, das minhas tomadas de decisões na minha função, isso eu tenho um orgulho muito grande”, concluiu.