Confirmando a notícia divulgada na quarta-feira, pela “TV Record-Canal 10”, e negada pelo vice-presidente do Mixto, José Riva, ontem, na edição de A Gazeta, Aderbal Lana não é mais técnico do alvi-negro.
“A imprensa está plantando isso”, argumentava Riva, ao ser questionado pela reportagem, na tarde de quarta. Por telefone, Aderbal explicou ontem porque decidiu deixar o comando do alvinegro.
“Até peço desculpas por ter saído assim, rapidamente, mas tive que vir resolver uma pendência com urgência”, justificou, referindo-se a uma dívida trabalhista de cerca de R$ 1,5 milhão, de um clube amazonense que ele treinou. No entanto, detalhou os verdadeiros motivos: “Quanto a mim, não tenho do que reclamar, mas a diretoria não deu a devida estrutura aos jogadores. Nenhum bom jogador quer vir jogar em Mato Grosso por conta dessa disparidade”, disse o treinador, repetindo o discurso que já havia feito após o empate com o Cacerense. Porém, uma semana antes, Lana tinha outros argumentos. “Quero montar um time aqui para ser campeão é da Série B”, dizia empolgado o treinador.
Mas, por trás de idas e vindas, há também muita desinformação entre a própria diretoria alvinegra. Procurado pela reportagem, ontem, o presidente Fabinho Pinto afirmou que desconheca a saída de Aderbal e se mostrou surpreendido. “Não estou sabendo de nada. O que ele me pediu, foram 15 dias de folga, para receber esse dinheiro no Amazonas. Ele viria para comandar o time no clássico e viajaria novamente. Se realmente ele fez isso (não volta mas) vai deixar muita gente magoada. Deveria ter ligado pra mim”, lamentou, sem querer acreditar.
Fabinho disse ainda que tinha conhecimento das propostas de outros clubes ao treinador. “Eu sabia que o ABC e outros clubes estavam atrás dele. Lógico, se a proposta for melhor, ele deve ir, mas acho que deveria comunicado a gente”, criticou. O Mixto será treinado no clássico de domingo, com o Operário, pelo auxiliar Humberto.