Menos de 24 horas depois de anunciar por nota oficial as saídas do diretor executivo José Carlos Brunoro, do gerente de futebol Omar Feitosa e do técnico Dorival Júnior, Paulo Nobre concedeu entrevista coletiva para avisar que não há prazo para definir os substitutos. O novo treinador só será escolhido após a chegada dos novos dirigentes, e o presidente não descarta acertar com Mano Menezes, que acaba de deixar o Corinthians.
“Não há rejeição nenhuma. É um grande técnico, como existem outros no mercado também”, falou o mandatário. Apesar de pregar a filosofia da austeridade financeira, Nobre assegura que não será com base no salário pretendido que o clube escolherá quem chega para o lugar de Dorival Júnior.
“Acredito muito em equilíbrio. Você não pode gastar mais do que arrecada, tem que saber andar com as próprias pernas, mas não vamos nos antecipar imaginando que o salário do técnico a ser contratado será assim ou assado. Vamos escolher o profissional e, depois, tratar o salário com ele”, prosseguiu.
Os conselheiros ligados a Mustafá Contursi, a quem Nobre mais tem ouvido por sua ajuda para elegê-lo, gostariam de ver Mano no clube, com Abel Braga como segunda opção. As negociações, no entanto, avançaram com a chegada de novos membros do departamento de futebol – Alexandre Mattos, que acaba de anunciar sua saída do Cruzeiro, deve ser o diretor executivo, com Cícero Souza, desempregado, como gerente.
“Como presidente e torcedor, quero um técnico que consiga nos conduzir a vitórias e títulos. Mas isso vai ser debatido com o pessoal do futebol como um todo. Esperamos que eles cheguem o quantos antes para iniciar esse trabalho”, afirmou Nobre.
O presidente conta com o pagamento salarial em dia como trunfo para a reformulação do departamento de futebol. “O Palmeiras cumpre sempre o que acorda. Há dois anos, o mês aqui tem 30 dias, não houve atraso em salário ou imagem. Esse é um ponto superpositivo do Palmeiras no mercado.”
Dorival Júnior, por sua vez, não mereceu muitas explicações para a rescisão do contrato que durava até junho. “Durante a campanha eleitoral, no final do Campeonato Brasileiro, deixei muito claro que absolutamente todos os profissionais seriam avaliados. Foi o que aconteceu. Achamos por bem a mudança total no futebol e o Dorival acabou entrando nessa mudança”, limitou-se a dizer Paulo Nobre.