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São Paulo falha atrás, empata na estreia de Adilson e é vaiado

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Lucas voltou da seleção, Adilson Batista implantou um esquema com mais liberdade para volantes e laterais subirem em sua estreia e o São Paulo dominou o Atlético-GO. Mas nada disso adiantou na fria noite de sábado no Morumbi. Com erros defensivos, principalmente de Xandão, o time só empatou por 2 a 2, sendo vaiado na saída do campo.

A meta de se aproximar do líder Corinthians tornou-se possível graças a Dagoberto, que deu cruzamentos precisos para Rhodolfo, aos oito minutos do primeiro tempo, e Rivaldo, aos nove minutos do segundo tempo. O problema é que Xandão vacilou com Bida, aos 45 minutos do primeiro tempo, e Anselmo, aos 24 da etapa final.

O Tricolor continua na vice-liderança, agora com 22 pontos, a seis do arquirrival do Parque São Jorge e com a possibilidade de ser ultrapassado pelo Flamengo. A recuperação pode ocorrer na quarta-feira, em visita ao Coritiba. Já o Atlético-GO, ainda na zona de rebaixamento, recebe o Cruzeiro no mesmo dia.

O jogo – Minutos antes do apito inicial, Adilson Batista teve seu nome gritado pela torcida. Apoiado, o técnico precisou de pouco tempo para mostrar, logo em sua estreia, que a subida dos volantes, principal característica do Cruzeiro que montou com sucesso, será repetida no Morumbi. E com eficiência.

Diante de um Atlético-GO ainda mais recuado do que o previsto, com o volante Rômulo reforçando a marcação em um 4-5-1 com dez atletas atrás do meio-campo, o São Paulo nem precisava se preocupar. Os três volantes escalados por Adilson poderiam se adiantar da maneira que quisessem.

Espaços eram criados para isso. Rivaldo atuava como um terceiro atacante, entre a intermediária e a meia-lua, sempre carregando um marcador. O veterano tinha Dagoberto e Lucas percorrendo todo o campo de ataque, correndo, e chamava os volantes para o jogo.

Wellington, pela direita, e mais raramente Carlinhos Paraíba, pela esquerda, revezavam com os laterais e entravam frequentemente livres na área em diagonal. O estreante Denilson conseguiu segurar sozinho o inofensivo Dragão à frente da zaga formada por Xandão e Rhodolfo, com o auxílio do ágil Carlinhos Paraíba.

Para facilitar a tarefa são-paulina, os atleticanos pouco acertavam passes. Bastava tocar com calma que a velocidade e leveza são-paulina encontrariam o gol. Como ocorreu aos oito minutos. Dagoberto foi derrubado perto da meia-lua e cobrou falta com precisão na cabeça de Rhodolfo. Os goianos só assistiram ao livre zagueiro testar nas redes.

Assistir, na verdade, foi a rotina dos visitantes na fria noite de sábado no Morumbi. Sem saber o que fazer nas raras vezes em que tinha a bola no pé, os goianos não atacavam e pareciam estar no meio de uma roda de bobinho. Rivaldo fazia com que quase todos os seus companheiros participassem do jogo, tocando curto, até encontrar alguém livre na área.

O segundo gol não saiu antes porque o Tricolor parecia tão preocupado em manter a bola e trocar passes que desperdiçou boas chances de finalizar. O cenário, contudo, era de goleada, como a própria torcida são-paulina começou a cantar logo depois de Rhodolfo balançar as redes.

O problema é que o amplo domínio ofensivo escondia uma zaga ineficiente. Na única vez em que foi testada, falhou. Aos 45 minutos da etapa inicial, o primeiro ataque atleticano surgiu em falta cobrada por rapidez. Xandão se enrolou, não conseguiu afastar e deixou Bida tranquilo para dominar e bater por cima de Rogério Ceni, que se ajoelhou no lance.

O vacilo, contudo, não fez com que o Tricolor voltasse diferente para o segundo tempo. Ciente de que o empate seria duramente defendido por um adversário ainda mais recuado, os anfitriões foram ao ataque com mais jogadores ainda, desta vez com Rivaldo enganando a marcação até como centroavante.

Neste posicionamento do camisa 10, o desempate ocorreu em mais uma assistência precisa de Dagoberto. O Atlético-GO ficou correndo atrás de Lucas e Juan para evitar a tabela e deixou Dagoberto livre, em condições de colocar a bola na cabeça de Rivaldo, que colocou nas redes.

O técnico interino do Dragão, Jairo Araújo, tentou soltar sua equipe trocando o exclusivamente marcador Rômulo pelo atacante Felipe. Acabou abrindo espaço para que os volantes do Tricolor subissem mais ainda e que os atacantes tivessem liberdade. Bastava piscar o olho para ver alguém do time anfitrião sem marcação na área.

As bolas, contudo, não entravam. O São Paulo perdeu gols em jogadas individuais de Wellington e Dagoberto e até com Rivaldo, livre à frente de Márcio. A equipe mandante errou tanto que fez com que a alteração do aparentemente inofensivo adversário tornar-se fundamental.

Aos 24 minutos, Felipe justificou sua entrada com uma bela invertida para Rafael Cruz colocar a bola na cabeça de Anselmo, que passou por trás do perdido Xandão. O atacante do Atlético-GO fez o que faltou ao rival: pôs a bola nas redes. E o Tricolor não aprendeu a lição mesmo após o empate, perdendo chances clara mesmo abrindo o jogo com Fernandinho e Cícero em campo.

 

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