Ao mesmo tempo em que se movimenta para buscar reforços, a diretoria do São Paulo reserva parte do tempo para definir a situação de jogadores que não interessam mais à comissão técnica. Mas as dispensas (ou negociações com outros clubes) não serão muitas, segundo o clube.
"Penso nisso todos os dias, dadas as oportunidades. Mas isso se materializa com muito cuidado e, provavelmente, ao longo garantir. Posso garantir: serão pouquíssimos casos", disse o gerente executivo de futebol, Gustavo Vieira, à Rádio Globo, ao explicar que o São Paulo não liberará jogadores facilmente somente por estarem na reserva.
"Obviamente, vamos avaliar a necessidade ou o desejo de atletas que queiram buscar outros ares. Mas nunca esse objetivo vai se sobrepor ao objetivo do São Paulo, que é formar um grupo forte. Isso se trata muito caso a caso, no que se tem como objetivo, pensando nos interesses maiores da equipe", disse o dirigente. "Atletas não têm que ficar desconfortável, têm que trabalhar no dia a dia para se fazerem úteis, merecerem estar em campo".
O uruguaio Álvaro Pereira seria um dos insatisfeitos. Embora tenha sido titular ao longo da temporada, o lateral esquerdo ficou incomodado com a contratação de outro jogador para a posição (Carlinhos). Emprestado até o meio do ano, ele não descartou antecipar sua saída, mas já ouviu do vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, que isso não ocorrerá.
Porém, jogadores como o lateral direito Luis Ricardo, inutilizado em grande parte de 2014, devem ser envolvidos em negociações. Para aqueles que estão emprestados ou encostados, a diretoria também corre para buscar um destino, a fim de diminuir gastos. A folha salarial do elenco principal beira R$ 10 milhões e, segundo o presidente Carlos Miguel Aidar, o clube paga R$ 28 milhões ao ano para atletas que estão em outros times.
Até o momento, além de Carlinhos, o São Paulo já anunciou a chegada do lateral direito Bruno e do meio-campista Thiago Mendes. O alvo, agora, seriam nomes que atuam fora do Brasil.