O Santos estreou seu uniforme azul marinho com uma suada vitória sobre o Mirassol nesta quinta-feira, na Vila Belmiro. Após sofrer um gol no final do segundo tempo, marcado por Léo Mineiro, o time de Emerson Leão reagiu com Marcinho Guerreiro e Kléber Pereira, de pênalti: 2 a 1, resultado que ainda lhe permite sonhar com as semifinais do Campeonato Paulista.
Por enquanto, o Santos ainda está distante de seu objetivo, na décima colocação com os mesmos 20 pontos do Mirassol, cinco atrás do Palmeiras, atual quarto colocado. Para seguir com chances, antes de voltar a pensar na Copa Libertadores o Peixe tentará nova vitória contra o São Caetano no domingo, fora de casa, mesmo dia em que o Mirassol receberá o Rio Claro.
O jogo – O retorno de Kléber não proporcionou ao Santos muitas jogadas de linha de fundo. Com o lateral-esquerdo ainda fora de ritmo e Dionísio, na direita, tímido para atacar, o time de Leão centralizava a criação de suas investidas ofensivas em Molina (Paulo Henrique era pouco acionado), que explorava bem a frágil marcação do Mirassol.
Mais à frente, o chileno Sebastián Pinto abria espaços para Kléber Pereira. Mas pecava pelo nervosismo. Aos 26 minutos, por exemplo, ele desperdiçou um gol incrível, chutando para fora diante do gol vazio. Quando, pouco depois, preferiu servir o companheiro de ataque ao invés de concluir uma jogada, Leão constatou à beira do gramado: “Ele está inseguro”.
Já o Mirassol, embora inconsistente na defesa, não se intimidava na Vila Belmiro. A equipe do interior incomodava o goleiro Fábio Costa com chutes de fora da área de Bruno Aguair e Xuxa. A dupla de ataque formada por Frontini e Luciano Sorriso movimentava-se bastante e também dava trabalho aos santistas, que diminuíram o ritmo no final do primeiro tempo.
No intervalo, Leão fez duas alterações para voltar a pressionar os visitantes. O argentino Mariano Trípodi e o atacante Renatinho substituíram o só esforçado Sebastián Pinto e o apagado Paulo Henrique. Nos primeiros minutos, as alterações surtiram efeito. Apesar de não criar oportunidades reais para chegar ao gol, o Santos não saída do campo de ataque.
O Mirassol, de fato, só conseguiu responder quando a marcação do Santos falhou. Preocupado com a pressão do time da casa, o técnico Luís Carlos Martins mexeu em sua equipe. Mandou a campo Léo Mineiro e Claudinho Baiano, nos lugares de Alex Alves e Frontini. Os visitantes melhoraram, mas não o suficiente para mudar o panorama do jogo.
Com o passar do tempo, depois de desperdiçar boas chances em cobranças de falta, o Santos voltou a sobrecarregar Molina na armação. Tanto que o colombiano, como de hábito, saiu cansado para a entrada de Vitor Júnior. Até então renegado por Leão, o meia entrou bem em campo e deu novo fôlego para os pouco inspirados Renatinho e Trípodi.
Mas o Mirassol, mesmo acuado, ainda queria surpreender. Quase conseguiu aos 33, aproveitando-se de uma seqüência de falhas da defesa do Santos, em lance que terminou com conclusão errada de Léo Mineiro. Pouco depois, no entanto, o jogador recebeu cruzamento de Fabinho Capixaba na segunda trave e cabeceou para as redes: 1 a 0.
Atrás no placar, o Santos partiu para o desespero. E, quando parecia difícil reverter a situação, chegou não só ao empate, mas a vitória. Aos 38, Vitor Júnior rolou a bola para Marcinho Guerreiro chutar no canto, sem chances para Alexandre Fávaro. Quatro minutos depois, Renatinho sofreu pênalti, que Kléber Pereira cobrou no lado oposto do goleiro: 2 a 1.