O Santos foi o primeiro time a ser derrotado pelo Rio Preto no Campeonato Paulista. Após vislumbrar um futuro melhor ao vencer o Marília, perder para o São Paulo e empatar com o Cúcuta, neste domingo o Peixe sofreu 2 a 1 do último colocado do Estadual, jogo que Emerson Leão já havia definido como “pedreira”.
O resultado negativo reacendeu os coros de protestos contra o treinador e o presidente Marcelo Teixeira nas arquibancadas do estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto. Em campo, os gols saíram somente no segundo tempo. Rafinha e Ricardinho marcaram para o time da casa, e Renatinho descontou para os visitantes.
Para piorar, o tropeço ainda recolocou o Santos na zona de rebaixamento do Paulistão, na 18ª posição com 8 pontos. O Rio Preto soma a metade. Pela próxima rodada, na quarta-feira, o time do interior tentará finalmente embalar contra o Sertãozinho. O do litoral voltará a campo no dia seguinte, na Vila Belmiro, diante do Guarani.
O jogo – Sem contar com Alemão e Tiago Luís, afastados por “falta de profissionalismo” na véspera da partida contra o Rio Preto, a nova aposta de Leão para o ataque do Santos vingar era Wesley. Assim como fez contra o Cúcuta, o prata-da-casa se movimentou bastante no início do jogo. Mas era pouco.
Em campo, o Santos era tão apagado quanto a iluminação do estádio Anísio Haddad no final da tarde deste domingo. Os torcedores só se exaltaram nas arquibancadas quando, aos 14 minutos, Éder Baiano desviou um cruzamento de Denis com a mão, dentro da área, e o árbitro Wilson Luiz Seneme mandou o jogo seguir.
Embora também desencontrado, o Rio Preto se arriscava a atacar em velocidade, na tentativa de minimizar a crise que atravessa no Paulistão. Vez ou outra, até conseguia incomodar o goleiro Fábio Costa. Assim como fez Kléber Pereira em lance isolado, quando cortou Jefferson e acertou as redes. Pelo lado de fora.
No intervalo, modificações cautelosas nas duas equipes. Leão trocou Denis por Marcinho Guerreiro, enquanto José Carlos Serrão substituiu Julian por Bira. Melhor para o Rio Preto, que, aproveitando-se dos contra-ataques, fez o que poucas vezes havia conseguido na competição. Marcou dois gols e passou a dominar a partida.
Aos seis minutos, a zaga santista falhou depois de saída de bola de Fábio Costa. Da entrada da área, Rafinha chutou de primeira para vencer o goleiro e abrir o placar. Bastou dez minutos para Betão rebater mal uma bola alçada na área em cobrança de falta e Ricardinho acertar belo voleio, no mesmo ângulo do primeiro gol.
Pouco após começar a ser hostilizado pelos torcedores, Leão provou que tem estrela. Os dois jogadores que ele mandou a campo fizeram a jogada do gol santista. Aos 23, Paulo Henrique, substituto do apenas esforçado Molina, avançou com velocidade, desvencilhou-se da marcação e serviu Renatinho, que não desperdiçou: 2 a 1.
O que aconteceu em seguida levou a crer que o Santos ao menos empataria o jogo. Rafinha foi expulso por puxar a camisa de Adriano (outro que receberia cartão vermelho, nos acréscimos). Torcedores deixaram de criticar e passaram a incentivar o Peixe. Mas o time, que até acertou a trave em chute de Rodrigo Souto, não pôde evitar sua quinta derrota no Paulistão.