Sem muita inspiração, principalmente no segundo tempo, o Santos não passou de um empate em 0 a 0 com o Deportivo Táchira (Venezuela), na noite desta terça-feira, no Estádio Polideportivo Pueblo Nuevo, em San Cristóbal. A partida marcou a estreia dos dois clubes na Copa Libertadores da América deste ano.
Com esse empate, o Peixe agora volta as suas atenções para o clássico diante do Corinthians, no próximo domingo, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. Já pela Libertadores, o Alvinegro Praiano recebe o Cerro Porteño (Paraguai), no dia 2 de março, às 19h30 (horário de Brasília), na Vila Belmiro.
O jogo – Mesmo com a presença de 40 mil torcedores apoiando os donos da casa, o Santos não se intimidou e começou a partida mais ofensivo do que o seu adversário. Apesar disso, o Peixe demorou para criar a sua primeira chance de gol.
Os santistas só ameaçaram o gol venezuelano, efetivamente, aos 19. O volante Arouca arriscou de fora da área, o goleiro Sanhouse fez a defesa parcial e, na disputa de bola, Diogo não conseguiu completar para o gol. O árbitro parou o lance, assinalando impedimento e dando a bola a favor do Táchira.
A partir dessa primeira oportunidade, o Santos passou a se fazer mais presente no campo de ataque. Aos 30, Elano lançou na direita para Diogo, que cruzou para Neymar. A Joia tentou completar a jogada com um toque de letra, só que a bola desviou na zaga venezuelano e sobrou para Danilo. O lateral direito mandou a bola na trave e, após o bate-rebate, a defesa do Deportivo Táchira afastou o perigo de perto do seu gol.
Três minutos depois, mais um lance polêmico. Neymar foi lançado na entrada da área, errou o chute, mas ao se recuperar acionou Danilo na direita e o ala tocou para Diogo completar a bola para o gol. No entanto, mais uma vez a arbitragem anulou o lance, alegando impedimento de Elano, que na visão de um dos árbitros assistentes teria, apesar de não ter tocado na bola, interferido na jogada.
A melhor chance dos donos da casa foi aos 39. Yégüez cruzou da direita, Herrera desviou de cabeça, porém, a bola passou por cima do gol, sem grandes sustos para o goleiro santista Rafael.
Se na primeira etapa o Peixe dominou, após o intervalo o Deportivo Táchira passou a ter mais posse de bola e, consequentemente, se arriscou mais no campo de ataque.
Tanto que, logo aos quatro minutos, os venezuelanos quase abriram o placar. O atacante Herrera recebeu a bola na entrada da área e emendou, de perna esquerda, para o gol. A bola passou ao lado da meta defendida por Rafael, batendo na rede pelo lado de fora e levando perigo ao camisa 1 alvinegro.
Melhor em campo no segundo tempo, o técnico dos venezuelanos, o colombiano Jorge Luiz Pinto, sacou Jorge Casanova para a entrada de Parra, aos 11, procurando dar mais mobilidade ainda ao seu meio de campo. Oito minutos depois, Adilson Batista também mexeu pela primeira vez no Santos, trocando Diogo por Zé Eduardo.
As substituições surtiram mais efeito para os donos da casa, que continuaram rondando perigosamente a grande área santista. Aos 26, após boa trama do ataque do Táchira, Herrera tentou a finalização na pequena área, mas o zagueiro Dracena cortou para escanteio.
Percebendo as dificuldades enfrentadas pelos santistas, Pinto trocou o meia Sebastián Hernández pelo atacante Yonathan Del Valle. Com problemas para segurar o Deportivo Táchira, Adilson optou por colocar Adriano no lugar de Pará aos 28 e, três minutos depois, Alex Sandro na vaga de Léo.
Apesar das dificuldades que passou na etapa complementar, o Alvinegro Praiano ainda teve a melhores chance do final de jogo. Aos 33, Arouca tabelou com Neymar antes de soltar a bomba, assustando Sanhouse. Mais tarde, aos 46, Elano cobrou falta na cabeça do zagueiro Durval, que exigiu uma grande defesa do arqueiro venezuelano, evitando o gol da vitória do Santos.