sábado, 14/dezembro/2024
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Santos e São Paulo empatam no clássico paulista

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O São Paulo esteve bem perto de roubar a liderança do Campeonato Paulista do Santos. Há muito tempo perseguindo o rival na tabela de classificação, neste domingo o Tricolor teve a chance de atingir o objetivo com uma vitória na Vila Belmiro. E quase conseguiu: saiu na frente com Ilsinho, viu um gol de Jonas ser anulado, mas sofreu outro de Carlinhos aos 46 minutos do segundo tempo: 1 a 1.
Após evitar o seu segundo tropeço em casa no ano – o primeiro e único aconteceu contra o São Bento no sábado de Carnaval –, o Santos voltará a se preocupar com a Copa Libertadores da América. O rival será o Gimnasia e Esgrima, da Argentina, novamente na Vila. O São Paulo não tem nenhum compromisso no meio de semana.

Pelo Campeonato Paulista, os rivais entram em campo apenas no próximo final de semana, agora indiretamente. Enquanto o São Paulo receberá a Ponte Preta no sábado, no Morumbi, o Santos viajará até o estádio Novelli Jr para enfrentar o Ituano no domingo. Com o resultado na Vila, o Peixe subiu para 34 pontos, contra 30 do Tricolor.

O clássico deste domingo começou disputado apenas em um lado do campo, aquele onde estavam dois dos jogadores convocados para a seleção brasileira. Pelo setor esquerdo do Santos, Kléber tinha espaços para criar as melhores oportunidades, auxiliado por Zé Roberto. O São Paulo respondia com a dupla Ilsinho-Souza na direita.

Apesar do maior volume de jogo da parceria canhota do Peixe, foram os destros do Tricolor quem primeiro chegaram com perigo. Aos cinco minutos do primeiro tempo, Ilsinho avançou, cruzou na área e Denis – perdido em campo no início do clássico – furou. Leandro se aproveitou da bobeada e ajeitou para Jadílson, que chutou para boa defesa de Fábio Costa.

O Santos cresceu depois do susto. No duelo dos selecionáveis, Kléber ganhou a bola de Ilsinho e passou para o xará Cléber Santana. O meio-campista artilheiro do Peixe lançou Marcos Aurélio, que saiu em frente ao goleiro Rogério Ceni. Mas em posição irregular. A marcação irritou os santistas, e também pareceu inflamar a equipe em campo.

Aos 12, o Santos criou sua melhor chance no primeiro tempo. Ironicamente, pelo lado direito do campo. Denis quase se redimiu do início ruim com uma arrancada e um cruzamento na medida para Zé Roberto, que cabeceou no travessão. O Tricolor respondeu também através de jogadas aéreas, mas as conclusões de Alex Silva e Aloísio não levaram o mesmo perigo.

Uma lesão muscular sofrida por Fredson, no entanto, mudou os rumos da partida. O técnico Muricy Ramalho sacou o volante para a entrada de Hugo aos 29. No minuto seguinte, a defesa do Peixe parou, o meia do São Paulo ficou com a bola na esquerda e cruzou na área. Ao invés de servir, desta vez Ilsinho chegou chutando. Furou a rede: 1 a 0.

Com a desvantagem no marcador, o técnico Wanderley Luxemburgo – que não parava de reclamar da arbitragem com os representantes da Federação Paulista de Futebol – trocou Denis por Pedrinho. O lateral dividiu a torcida das cadeiras cativas da Vila Belmiro, saindo aplaudido e vaiado. A substituição, contudo, não mudou o placar do primeiro tempo.

Sem outras alterações no intervalo, o Santos voltou para o segundo tempo esbanjando determinação. Zé Roberto era o principal organizador da equipe da Baixada. Aos 8 minutos, enquanto as torcidas de Peixe e Tricolor brigavam atrás do gol de Rogério Ceni, o meia passou com precisão para Pedrinho, que finalizou forte, mas parou no goleiro rival.

A chuva começou a cair forte em Santos. Empurrado por sua torcida, que deixou e brigar e começou a cantar e a pular nas arquibancadas, o Peixe partiu para cima do São Paulo. Sempre pelo lado esquerdo, agora bem reforçado por Pedrinho, a pressão do Santos esbarrava na marcação do Tricolor, que se limitou a jogar nos contra-ataques.

Isso não significava que o São Paulo não levasse mais perigo ao time da casa. Aos 22 minutos, em contragolpe rápido, Hugo limpou a marcação dentro da área e ficou na cara de Fábio Costa. O goleiro salvou o Santos, fazendo duas grandes defesas à queima-roupa, e ouvindo seu nome ser gritado pela torcida em seguida.

Luxemburgo mexeu de novo no Santos: Jonas e Carlinhos nos lugares de Tiuí e Rodrigo Souto. E quase que o atacante do Peixe teve a mesma sorte de Hugo no primeiro tempo. Aos 24, ele recebeu na área pela esquerda e marcou o gol. A assistente Ana Paula Oliveira, no entanto, levantou a bandeirinha e anulou a jogada.

Irritado com a marcação errada da arbitragem, o Peixe seguiu em cima do São Paulo até o apito final. Ainda conseguiu duas jogadas de efeito, uma bicicleta sem direção de Zé Roberto e um calcanhar de Marcos Aurélio, mas nenhuma outra de real perigo para o Tricolor, que se fechou com Reasco no lugar de Ilsinho e Hernanes no de Souza.

Quando o placar já parecia definido, eis que surge o herói do jogo. Ele foi um lateral-esquerdo do Santos, mas não o selecionável Kléber. Aos 46 minutos do segundo tempo, o reserva Carlinhos fez fila e chutou cruzado, acertando o canto de Rogério Ceni e fazendo a festa da torcida do Peixe.

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