Desde que a fórmula dos pontos corridos foi definitivamente implementada no Brasileirão, em 2003, os paulistas viraram freqüentadores assíduos da Copa Libertadores. Acostumado a colocar sempre dois ou mais representantes na competição sul-americana, o Estado tenta manter o reinado, mas vê o choque entre dois “aliados” neste sábado, às 18h10, na Vila.
Santos e Palmeiras atravessam situação parecida no Brasileiro e tentam ficar entre os classificados à Libertadores; são três vagas em disputa para quatro concorrentes – Cruzeiro e Grêmio também estão no páreo. Uma quarta vaga deverá ser ocupada pelo São Paulo, líder do torneio.
Um eventual tropeço palmeirense na Vila Belmiro pode representar a saída do clube do G-4; um empate manterá as duas equipes no bloco dos classificáveis à Libertadores, desde que o Grêmio não vença na rodada.
Responsável por levar o Paraná Clube à competição sul-americana no ano passado, feito histórico para a equipe de Curitiba, o atual técnico do Palmeiras Caio Júnior entende que a alta competitividade do Campeonato Paulista contribui para o bom desempenho dos clubes do estado no certame nacional.
“Acredito que seja um reflexo do próprio Paulistão. Esse ano foi a primeira vez que participei e vi que é o melhor [estadual] do país. Não é o único fator, mas isso influencia bastante”, opinou.
Nas últimas cinco edições da Libertadores, o Santos só não esteve no ano de 2006, quando enfrentou fase irregular após as vendas de Robinho, Deivid e Léo. A classificação para a próxima Libertadores-08, aliás, é o mote usado pela diretoria para segurar Vanderlei Luxemburgo no clube.
Com passagens pelo futebol carioca e gaúcho, o lateral santista Alessandro atribui o acesso rotineiro dos paulistas ao planejamento feito em São Paulo.
“Eu já joguei no Flamengo e no Grêmio. A palavra que define essa participação constante dos paulistas é planejamento. Não tem muito segredo. A equipe que saber planejar, seja ela de São Paulo, Rio, ou outra região, certamente terá grandes chances de ir para a Libertadores”, disse.