Ao fim da segunda partida da final desta quarta-feira, contra o Peñarol (URU), no estádio Pacaembu, o Santos completará 100 jogos na Copa Libertadores da América. O clube paulista participou de 11 edições e soma 56 vitórias, 19 empates, 24 derrotas, 204 gols a favor, 123 contra e dois títulos: 1962 e 1963. A estreia foi com uma vitória por 4 a 3 sobre o Deportivo Municipal (BOL), em 18 de fevereiro do ano da primeira conquista.
O time que mais vezes entrou em campo na competição foi o Nacional (URU), com 325 jogos, seguido justamente pelo seu maior rival, o Peñarol, com 318. Nesta edição, outros três times alcançaram a marca centenária: Deportivo Táchira (103), da Venezuela, Vélez Sarsfield (105) e Estudiantes (105), ambos da Argentina. O Santos será o 32º time da história com pelo menos 100 duelos, e o quinto brasileiro.
Apesar de ter participado de 11 Copas Libertadores, o clube praiano se classificou 14 vezes. Seu tempo áureo foi na década de 1960. Pentacampeão da Taça Brasil entre 1961 e 65, o clube teve vaga garantida de 1962 a 67, mas optou por não jogar nos últimos dois anos.
Mesmo bicampeão, o retrospecto do Santos não é tão bom. Por defender o título, entrou já na semifinal de 1964 e perdeu os dois jogos para o Independiente (ARG). Na temporada seguinte, foi eliminado pelo Peñarol na mesma fase após liderar o grupo que tinha Universidad de Chile e Universitário (PER).
Em 1969, o Peixe venceu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Campeonato Brasileiro da época, porém a Confederação Brasileira de Desportos disse à Conmebol que não enviaria nenhum representante por discordar da fórmula de disputa. As datas atrapalhariam a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1970.
O Santos, então, passou 18 anos sem jogar a Libertadores, e só conseguiu recuperar esse direito com o vice-campeonato brasileiro de 1983, mas passou vergonha: sofreu cinco derrotas em 1984, inclusive duas goleadas do Flamengo, e se despediu com a lanterna da chave que também tinha o América de Cali (COL) e o Atlético Junior (COL).
Apenas no século XXI, o clube voltou a frequentar a competição. Embalado pelo título brasileiro de 2002, o time de Robinho e Diego chegou à final no ano seguinte, mas viu o sonho do tricampeonato ser frustrado por Carlos Tevez e Marcelo Delgado, do Boca Juniors (ARG). Em 2004, 2005 e 2008, parou nas quartas de final, mas alcançou a semi pela sexta vez em 2007, sendo derrotado pelo Grêmio.