Assim como a ambulância que atrasou para chegar ao estádio Bruno José Daniel neste domingo, retardando o início do jogo entre São Caetano e Santos, o time de Emerson Leão demorou a engrenar em 2008. Mas conseguiu. No ABC, ganhou por 1 a 0, gol de Kléber Pereira; sua quarta vitória seguida, a terceira pelo Campeonato Paulista.
O triunfo acaba com a sina do Santos de não vencer fora de casa e o mantém com chances de classificação às semifinais. O Peixe soma 23 pontos, agora apenas três a menos que o quarto colocado Noroeste. O São Caetano tem 19. Mas nesta quarta-feira o compromisso do clube da Vila Belmiro é pela Copa Libertadores, contra o boliviano San Jose.
O jogo – Os torcedores vibraram como um gol quando, 20 minutos depois do início programado da partida, a ambulância surgiu no estádio Bruno José Daniel. O Santos, no entanto, também atrasou a render em campo. Contra uma marcação falha, o São Caetano criou as melhores chances nos primeiro minutos de jogo.
Bem organizado pelo criativo meio-campista Doulgas, o Azulão incomodou o goleiro Fábio Costa principalmente com a agilidade de Andrézinho e Rafinha. A equipe mandante se recompunha na defesa com igual velocidade, dificultando a articulação das jogadas ofensivas do Santos, novamente sobrecarrega em Molina.
Com o tempo, o colombiano conseguiu se sobressair a Douglas. E as referências do ataque santistas também pareciam mais inspiradas. Aos 24 minutos, Sebastián Pinto fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Wesley, vindo de trás, acertar a trave. Pouco depois, o chileno serviu Molina, que deu um voleio para fora.
Restava o artilheiro Kléber Pereira aparecer. Aos 29, Molina cobrou escanteio fechado, Tobi desviou para trás e o centroavante santista escorou a bola com o corpo para abrir o placar. E ele ainda quase ampliou no final do primeiro tempo, quando acertou o travessão diante do gol vazio. Antes, Molina havia chutado mais uma vez na trave.
Mas o São Caetano conseguiu impor ritmo parecido ao do início do jogo depois do intervalo. O time do ABC voltou a campo com Canindé no lugar de Rafinha e encontrou mais espaços para atacar o Santos, que estava apático. Para piorar, como comumente ocorre, Molina sentiu desgaste físico e prejudicou as investidas de seu time.
Leão preferiu sacar outro estrangeiro. Depois de fazer sua melhor apresentação pelo clube da Vila Belmiro, o que ainda não é muito significativo, Sebastián Pinto foi substituído por Renatinho. A estratégia era explorar os contra-ataques com velocidade. Para ajudar Molina, mais tarde o técnico trocou Wesley por Vitor Júnior.
Molina, porém, não conseguiu jogar toda a partida. Quando a pressão do São Caetano já parecia menor, embora o ataque do Santos não encantasse, Leão preferiu garantir o resultado e mandou o zagueiro Marcelo a campo. Pintado tentou a última cartada com Athos no lugar do ex-corintiano Rogério, que saiu sob os provocativos gritos de “Robinho”.