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Santos bate o São Paulo e está na final do Paulistão

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O São Paulo, líder da primeira fase do Paulistão, tinha como única vantagem decidir a semifinal em jogo único no Morumbi, com 95% dos ingressos à disposição. O Santos, por sua vez, tem sempre a vantagem de contar com Elano, Ganso e Neymar. E foram estes três que definiram a vitória alvinegra por 2 a 0 neste sábado que colocou o Peixe na decisão.

Muricy Ramalho, hoje à frente da equipe litorânea, passou o jogo todo tentando anular um Tricolor que já não tinha Lucas, Fernandinho e Rhodolfo, machucados. O técnico sempre diz fazer sua parte defensiva por confiar em seus craques na frente. E foi o que aconteceu no segundo tempo. Primeiro, seu trio gerou o gol de Elano, aos 15 minutos. Depois, Ganso recebeu de Neymar para liquidar o clássico, aos 27.

Em sua terceira final seguida de Estadual, o Santos espera por Palmeiras ou Corinthians, que se enfrentam no Pacaembu neste domingo. Ao São Paulo, pela quinta vez seguida eliminado nas semifinais do Paulistão, resta o duelo com o Avaí pelas quartas de final da Copa do Brasil antes de estrear no Brasileiro.

O jogo – Nos primeiros minutos do clássico, não houve tempo de os defensores dos dois times se colocarem no espaço definido por seus treinadores. As peças ofensivas das duas equipes impuseram velocidade e habilidade e nem ligaram para o forte calor do início da partida no Morumbi.

Primeiro, Ilsinho e Jean forçaram o time todo a jogar na esquerda em cima do veterano Léo e houve até simulação de pênalti até que, aos dois minutos, a bola parou na defesa nos pés de Alex Silva. Só que o zagueiro se enrolou e foi facilmente desarmado por Neymar, que entrou na área de Rogério Ceni e carimbou a trave.

Na sequência, foi Marlos quem deu o bote em Danilo, aos cinco minutos, para levar perigo. Miranda retribuiu o presente saindo com a bola segundos depois nos pés de Elano. Só que até o veterano mostrou-se precipitado com um chute fraco de longe, sem nenhum perigo para o goleiro são-paulino encaixar.

Foi a senha para Muricy Ramalho, com fixação por bom posicionamento defensivo, mandar seu time diminuir o ritmo. E o Santos transformou o movimentado clássico em um confronto de marcadores, sem a velocidade que Neymar e Zé Eduardo, pelo clube alvinegro, e Dagoberto e Marlos, dos mandantes, tanto gostam.

De um lado, o Peixe, sem a bola, tinha Arouca, Danilo e Elano à frente da defesa, que raramente tinha os laterais Jonathan e Léo subindo. Com isso, os são-paulinos eram obrigados a jogar pelas pontas e eram facilmente desarmados, até porque um dos volante sempre caía pelos lados para desarmar um rival.

Do outro lado, Xandão era um lateral que nem passava do meio-campo para ajudar Alex Silva na caça a Neymar, que não venceu mais quase nenhum duelo contra eles. Já Casemiro colava em Ganso e muitas vezes tinha o auxílio de Carlinhos Paraíba para anular a criatividade santista. Nem adiantava Zé Eduardo sair da marcação de Miranda porque a ligação direta do campo defensivo vinha quase sempre com um lançamento errado.

Se a lenta troca de passes entre os defensores santistas irritava a torcida são-paulina, grande maioria no clássico, agradava a Muricy, que tinha tempo para, após anular um rival, achar um jeito de agredi-lo. Assim, fez Neymar e Zé Eduardo tornarem mais frequentes os botes à zaga adversária. E liberou as descidas de Léo pela esquerda com Elano vindo pela direita como surpresa. Teve o jogo nas mãos.

Jonathan nem subia para vigiar Dagoberto, mas o atacante, vendo seu time começar a ser dominado, resolveu aparecer e chamar Marlos também para o jogo, mostrando que Léo deixava espaço em suas costas. Com isso, supriu um pouco o desfalque de Lucas e Fernandinho criando oportunidades até para Ilsinho deixar o clássico aberto novamente. O gol tricolor não saiu aos 32 minutos do primeiro tempo porque Rafael fez duas defesas seguidas em chutes de Dagoberto e Ilsinho.

No intervalo, mais uma vez Muricy pensou em evitar perigos e trocou o atacante Zé Eduardo pelo zagueiro Bruno Aguiar. Mas a mudança também beneficiou o ataque santista, já que, com o 3-5-2, o nada inspirado Marlos e Dagoberto estavam muito bem cercados e Jonathan pôde subir como gosta. Até o Tricolor entender o que havia acontecido, já via as bolas santistas passando por sua área.

Muricy, porém, não ganha jogo, tanto que Jean, em alguns lances, criou chance de furar sua defesa. Como o próprio técnico do Santos sabe, quem poderia colocar seu time na final eram Elano, Ganso e Neymar. E foi em um improviso do atacante, que desestabilizou a defesa rival segurando a bola na área, que Ganso recebeu livre na linha de fundo para Elano, também sem marcação, cabecear e abrir o placar aos 15 minutos.

Paulo César Carpegiani tentou resolver sacando Casemiro e Marlos para as entradas de Fernandão e Rivaldo. Mas nenhum dos veteranos têm hoje a qualidade de Neymar e Ganso, que já tinha mais liberdade com um santista a mais no meio-campo. Sem Casemiro, o camisa 10 do Peixe ficou ainda mais solto para, aos 27 minutos, aproveitar mais um improviso de Neymar e, novamente sem marcação, fazer o gol que definiu o clássico.

Com 2 a 0 no placar, Muricy pôde até sacar Léo e Elano, pensando no jogo de terça-feira contra o América, no México, pela Libertadores. O São Paulo tentava na raça, mas nem seus torcedores acreditavam mais, tanto que os que não foram embora, vaiavam, xingavam o time ou simplesmente se calavam. Sorte da minoria santista, que gritou "olé" e provocou. A vaga na final já era deles.

 

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