O corredor rondonopolitano, apesar de ter conquistado três medalhas de ouro em Pequim, ficou com apenas uma. Ele deu uma medalha para o técnico e outra para o guia. “Eles, assim como eu, mereceram e por isso eu dei essas duas medalhas”, argumentou o corredor. Simpático e humilde, Lucas Prado teve tempo de posar para fotografias com profissionais da imprensa que acompanharam a entrevista coletiva no Grupo André Maggi. O corredor brincou com o fato de ser o deficiente visual mais rápido do mundo. “Tem gente que me chama de Ceguinho Bolt”, disse, fazendo uma referência ao atleta Usain Bolt, que pulverizou os tempos nas provas de velocidade nas Olimpíadas de Pequim.
Para a imprensa especializada, Lucas Prado representa o mesmo que Bolt nas provas paraolímpicas. “Tem muita gente que diz que eu falo demais, mas eu sou assim mesmo, quando eu sinto que eu tenho condições eu falo mesmo”.
O atleta, no entanto, lamentou o fato do Brasil ter perdido a medalha de ouro no revezamento 4×100 em Pequim. Prado reclamou da arbitragem. “Eles nos desclassificaram e nem ouviram os nossos argumentos”.