A saída de Adilton Sachetti da presidência da Agecopa – agência criada pelo governo do Estado para organizar a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá, está sendo noticiada em vários órgãos de imprensa nacionais. O jornalista esportivo da ESPN, canal de esportes da TV por assinatura, Paulo Vinícius Coelho, também está destacando o fato. O ex-presidente confidenciou ao jornalista que quatro dos seis diretores da autarquia se agruparam contra ele e “ganharam praticamente todas as decisões relevantes dos últimos meses”. O grupo seria encabeçado pelo ex-secretário de Estado de Turismo e hoje diretor de Assuntos Estratégicos da Agecopa, Yuri Bastos.
“Sachetti não diz abertamente, mas suspeita de manobras para que o grupo de Bastos passe a presidir a Agecopa e o montante superior a R$ 3 bilhões (montante a ser administrado em investimentos para o Mundial 2014)”, afirma um trecho da reportagem. Segundo o jornalista, a renúncia do ex-presidente não atrapalha as obras em andamento do estádio Verdão. A nova arena que será construída em Cuiabá tem um custo estimado em R$ 354 milhões e 80% dos recursos da obra, assim como outros muitos investimentos para a Copa, são provenientes de empréstimos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Coelho explica que o regimento interno da Agecopa deixa claro que no caso da ausência de qualquer um dos membros da autarquia, os outros diretores devem se reunir e escolher um dos remanescentes para o posto. “Bastos é, portanto, um dos possíveis sucessores de Sachetti na presidência da Agecopa”.
O jornalista também lembra que Yuri é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE), quando secretário de Turismo, de beneficiar um advogado que ganhou licença para instalação de um teleférico no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. O mesmo advogado foi doador de campanha para deputado estadual de Bastos em 2002.