Resolvidas todas as pendências legais com a correção das prestações de contas da Federação e dos clubes, e com a readequação do projeto do Governo do Estado na Assembléia Legislativa, o impasse passou para a esfera político-eleitoral. Desta forma, o repasse do dinheiro prometido aos times que disputaram o Campeonato Mato-grossense de Futebol continua indefinido e agora depende do que acontecerá domingo nas urnas.
De acordo com informações do secretário de Esportes e Lazer de Mato Grosso, Laércio de Arruda, "o governo do estado achou por bem evitar qualquer problema maior e não fazer o repasse antes da eleição". O argumento usado é que havia um temor de uma ação da oposição em torno do repasse, que poderia ser considerado crime eleitoral.
"Particularmente, acho que o repasse seria absolutamente legal, pois este é um projeto que vem de anos anteriores, não foi criado agora e o repasse, na verdade, deveria ter sido feito ainda no primeiro semestre deste ano, o que só não aconteceu em função dos problemas nas prestações de contas. Mas o dinheiro já estava disponível e destinado para isso", frisou Laércio.
O secretário também admitiu que se houver segundo turno o repasse deve ser feito apenas em novembro. "A precaução do governo em relação a legislação eleitoral continuará valendo, com certeza,", comentou, para reafirmar em seguida que do valor destinado à cada clube serão descontadas as ações trabalhistas. "Quase todos tem dívidas trabalhistas para serem quitadas e este dinheiro será descontado".