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Procuradoria confisca aviões da empresa que transportou a Chapecoense e fala em investigação por homicídio

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Por ordem da Procuradoria da Bolívia, a Força Aérea Boliviana (FAB) confiscou dois aviões – que podem ser confiscados – da companhia aérea Lamia, empresa da aeronave que caiu em Medellín e matou 71 pessoas, incluindo 19 atletas da Chapecoense. A ordem faz parte das investigações sobre o acidente, que de acordo com a promotoria são tratadas como “abandono do dever, abuso de influência, desastres no meio de transporte, homicídio, homicídio culposo, lesões gravíssimas e lesões culposas”.

Os dois aviões se encontravam desde 2014 em um hangar militar no centro do país, na cidade de Cochabamba. Os dois Avro Regional Jet 85 estavam em manutenção. Após uma inspeção, a procuradoria “ordenou o confisco” das aeronaves, conforme comunicado da Força Aérea.

“Estas aeronaves estão agora à disposição do Ministério Público, dentro da investigação”, disse Jacqueline Ponce, promotora, aos veículos de imprensa. Os aviões foram confiscados “como elementos relacionados com o crime ou como produto do crime” e é provável que sirvam “para o pagamento de prejuízos”, explicou.

Ponce ainda afirmou que o Ministério Público investiga os coproprietários da Lamia e uma funcionária do órgão de controle de voos do país, que questionou o plano de voo do avião antes do acidente na Colômbia por “abandono do dever, abuso de influência, desastres no meio de transporte, homicídio, homicídio culposo, lesões gravíssimas e lesões culposas”, completou.

Promotores da Bolívia, Brasil e Colômbia estiveram reunidos nesta quarta em Santa Cruz de la Sierra, para compartilhar informações, analisar os próximos passos nas investigações e constituir uma comissão para trabalhar em conjunto.

O diretor-geral da Lamia, Gustavo Vargas Gamboa, além de uma secretária e um funcionário da companhia foram presas na terça-feira e ficarão detidos à espera de uma audiência preliminar. Vargas chegou a ser internado para uma avaliação, mas foi levado para a prisão após ser liberado.

A FAB também informou que já deu início a um processo penal contra a Lamia por uma dívida equivalente a cerca de US$ 48,2 mil por serviços de manutenção prestados entre abril e outubro de 2014.

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