Polêmico e sem papa na língua, o presidente do União Esporte Clube, Carlos Rufino, negou que tenha uma carta na manga para livrar o clube da punição de perda de pontos no julgamento da próxima terça-feira, quando haverá a apreciação da denúncia de irregularidade na escalação de vários jogadores no clássico diante do REC no dia 1 de fevereiro. O recurso foi protocolado pela diretoria do Dom Bosco na semana passada. Sem querer falar muito sobre o caso, temendo represálias no julgamento, Rufino crê na justiça e na legalidade para evitar qualquer tipo de sanção ao seu clube.
O dirigente adiantou que no dia do julgamento irá falar a verdade o por quê autorizou a escalação de atletas que não constavam no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF para entrar em campo. De acordo com o dirigente, não só o União como Sinop e outros times teriam recebidos aval por parte do presidente interino da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Helmute Lawisch, a escalar os atletas, uma vez que ‘não daria problema’. “Vou falar da autorização de uma certa pessoa (Helmute) para colocar os jogadores. Essa é a mais pura verdade. A punição não pode ser para União e Sinop. A sanção tem que ser para quem autorizou, para quem deu garantia”, disse Rufino.
Por sua vez, Lawisch nega que tenha orientado os clubes a escalarem jogadores em condição irregular. Já dentro das quatro linhas, o União não faz uma boa campanha no Campeonato Mato-grossense deste ano. A equipe, que já trocou de treinadores, ocupa a quinta e última posição da Chave B com seis pontos ganhos, com uma vitória, três empates e três derrotas. Correndo risco de ser rebaixado à Segunda Divisão, o Colorado precisa vencer o clássico deste domingo contra o REC para ultrapassar o Cacerense, hoje quarto e penúltimo colocado com oito pontos ganhos, mas com todos os jogos disputados. Em 42 anos da existência, o União de Rondonópolis é o único clube de Mato Grosso que nunca se licenciou ou disputou a Segunda Divisão Estadual.