A necessidade em somar receitas e ter um jovem atacante valorizado no elenco soam como tentação à diretoria do Santos. O ano nem acabou, mas as especulações já começam a borbulhar nos bastidores da Vila Belmiro e a bola da vez é Gabriel.
18 anos, artilheiro do time na temporada e com um contrato que prevê uma multa rescisória de 50 milhões de euros, a venda do camisa 10 pode solucionar, ou ao menos amenizar, a grave situação financeira do clube, que inclusive tem tido dificuldades em pagar os salários dos jogadores em dia.
“O Santos não recebeu propostas. Acho que toda proposta qualquer clube ouve. Claro que o clube tem seus critérios, sua análise sobre negociação, mas toda proposta se ouve, no mínimo por atenção”, admitiu o presidente Odílio Rodrigues.
Odílio, aliás, entrega o cargo mais nobre do alvinegro praiano neste ano. Dia 6 de dezembro, os sócios elegem o presidente para o próximo triênio, e isso, através do estatuto do clube, tira a autonomia do atual mandatário para aceitar uma proposta antes da eleição.
“O Gabriel é uma jovem revelação, tem um valor importante para o clube. O Santos não pode vender direitos federativos de nenhum jogador nesse momento. Se o Comitê de Gestão entender que a proposta é irrecusável, teria que chamar o Conselho (Deliberativo)”, explicou Odílio.
Em setembro, Gabriel renovou com o Santos por mais cinco anos, ganhou um aumento salarial, aumentou suas premiações e manteve sua multa em aproximadamente R$ 150 milhões. Entretanto, mesmo uma proposta inferior pode ser aceita tanto pelo Peixe quanto pelo atleta, que nunca escondeu seu desejo em atuar no futebol europeu.
Vale lembrar que Gabriel é um dos atletas que têm preferência contratual do Barcelona, em acerto durante a venda de Neymar para o clube espanhol. Com isso, antes de aceitar uma eventual proposta, o Santos, que detém 60% dos direitos federativos do atacante, precisa comunicar o time da Catalunha.