O último capítulo da novela Rio Branco (AC) no Campeonato Brasileiro da Série C está marcado para hoje à tarde. O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julga o efeito suspensivo concedido ao time acreano a disputar a segunda fase do torneio de acesso, uma vez que havia sido eliminado em julgamento de Primeira Instância por ter recorrido à Justiça Comum para utilizar o estádio Arena da Floresta para mandar seus jogos válidos pela competição.
Por conta da decisão de absolver o Rio Branco, o Luverdense foi o maior prejudicado. Com a saída do equipe acreana, o time de Lucas do Rio Verde terminou a primeira fase na vice-liderança da Chave A 1 da Série C com 16 pontos, obtendo sua classificação às quartas de final da Terceira Divisão nacional. Em seguida, foi eliminada pelo retorno do Rio Branco.
Confiante nos membros do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o presidente do Luverdense, Helmute Lawisch, está no Rio de Janeiro onde irá acompanhar o desfecho do caso. Para fazer a defesa do time mato-grossense, o clube mato-grossense contratou o advogado Werner Becker, que hoje reside em Lucas, mas já prestou seus serviços ao Grêmio de Porto Alegre.
“Estamos bastante confiantes, pois acreditamos na legislação brasileira. O Luverdense é o menos culpado, aliás, não tem culpa nenhuma nesta história. Quem deve ser punido e até mesmo banido do futebol é o Rio Branco, que contrariou a Justiça Desportiva, acionando a CBF na Justiça Comum. Deixou a esfera esportiva para se amparar em outra área. Isso é vedado pela nossa Constituição Federal”, disse Lawisch.
O dirigente ressaltou que o advogado Osvaldo Sestário, considerado um dos melhores na área desportiva no Brasil, fará a defesa do Araguaína (TO), responsável por outra ação contra o Rio Branco. “O Sestário defende o Araguaína. Ele quer cassar a liminar que concedeu a liberação da Arena da Floresta, que estava interditada pelos órgãos de segurança como Crea, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Polícia Militar. O Ministério Público do Acre condenou o estádio”, frisou o dirigente mato-grossense.
Helmute Lawisch revelou a sua intenção de recorrer até à Fifa, instituição máxima do futebol, caso o Luverdense não seja reconduzido ao Campeonato Brasileiro da Série C. “Vou defender meus interesses que estão embasados pela Justiça Desportiva. Todo mundo se submete às ordens da CBF, por quê o Rio Branco não pôde?. Iremos até à última instância caso essa aberração judicial se perdure na Série C”, afirmou.
O Luverdense é o único time de Mato Grosso mais próximo à elite do futebol brasileiro. O clube pode chegar em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, na Série A do Campeonato Brasileiro caso obtenha três acessos consecutivos.