O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, rebateu as reclamações do mandatário do Palmeiras, Paulo Nobre, na entrevista coletiva que concedeu nesta sexta-feira, na Academia de Futebol. Ao canal ESPN Brasil, o rubro-negro chamou o rival de desesperado e disse não entender os motivos que levaram os alviverdes a entrarem na polêmica envolvendo a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, na quinta-feira, em Volta Redonda.
As reclamações giram em torno da controversa decisão do juiz Sandro Meira Ricci de anular um gol do Fluminense por duas vezes. A alegação é de que houve interferência externa no lance. “Eu não sei o que o Palmeiras tem a ver com isso a não ser o fato de estar se sentindo pressionado pelo Flamengo”, afirmou Bandeira de Mello, cujo clube chegou aos 60 pontos e está a apenas um do líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro.
Ao responder Nobre, o rubro-negro enumerou situações que, segundo ele, foram tomadas pelo Palmeiras para prejudicar o Flamengo no empate por 1 a 1 entre os times, no Palestra Itália, no dia 14 de setembro. O presidente ainda cobrou o alviverde sobre o teor de suas declarações. “Gostaria muito que as pessoas fossem explícitas. Quem não tem vergonha na cara?”, indagou.
“O que mancha a credibilidade do campeonato é a expulsão do Márcio Araújo no primeiro tempo daquele jogo. É colocar a Mancha Verde [organizada do Palmeiras] vestida de branco, bandidos vestidos de branco, embaixo do camarote do Flamengo. Escandaloso é encharcar a área do goleiro do Flamengo”, acrescentou.
Bandeira de Mello disse que “o Flamengo não foi beneficiado [pela arbitragem] em nenhum jogo desse campeonato” e afirmou que os palmeirenses estão desesperados diante da possibilidade de perder o título. “Fico muito surpreso com essa reação num jogo que sequer era do Palmeiras. Aparentemente estava lidando com uma pessoa educada, mas que agora demonstra todo o seu desespero”, declarou.
Provocação – Durante a entrevista de Bandeira de Mello, o vice-presidente de comunicação do Flamengo, Antonio Tabet, levantou nova polêmica ao provocar Paulo Nobre em uma postagem na rede social Twitter. “Criança mimada e acostumada a ser dona da bola normalmente cresce com problemas de caráter. #PaiRicoFilhoNobreNetoPobre”, postou o dirigente, conhecido por seu trabalho como humorista.
O mandatário disse não ter visto a postagem, mas defendeu o direito de Tabet de se manifestar sobre o tema. “Parece ser uma reação bem-humorada do Tabet, que é humorista de profissão e tem essa capacidade de se expressar de maneira irreverente”, afirmou.
O rubro-negro afirmou que aguardará um contato de Nobre para explicar as declarações sobre o caso. “Foram acusações veladas e indiretas ao Flamengo, falando de manchar credibilidade, de coisas escandalosas e referindo-se a alguém que não teria vergonha na cara. Se tudo for esclarecido, não vejo porque não posso conversar com qualquer dirigente que seja”, concluiu.