Depois de dois anos de ausência, Campinas assistiu a um grande dérbi nesta domingo no Moisés Lucarelli. E a alegria ficou com os pontepretanos. Mais incisivos e atrevidos no primeiro tempo, os jogadores da Macaca conseguiram estabelecer um 4 a 2 sobre o Guarani em um jogo tenso.
Além da festa por vencer o arqui-rival, a Ponte também pode comemorar a volta à zona de classificação para as semifinais. Os alvinegros terminam a 15ª rodada em terceiro lugar, com 27 pontos. O Guarani, contudo, tem sua vida dificultada para fugir do rebaixamento. O Bugre é o 17º colocado, com 14 pontos.
O jogo – Com um Moisés Lucarelli completamente lotado, como era a previsão, o jogo começou sob o domínio da Macaca. Postados de maneira mais ofensiva, os alvinegros criavam diversas jogadas no campo do Guarani. Seu principal jogador era o lateral-direito Eduardo Arroz, que se beneficiava dos espaços abertos pela movimentação dos meias Renato e Elias para alçar bolas na área. Ao Bugre, restava rebater.
A eficiência alviverde na zaga, contudo, falhou aos 14 minutos. Levantamento de Eduardo Arroz causou bate-rebate na área bugrina e a bola sobrou nos pés de César. Sozinho na pequena área, o capitão tocou para as redes e abriu o marcador.
Após o gol, a Ponte diminuiu o ritmo, mas seguia muito melhor, sem deixar o Guarani criar grandes perigos. Com muitas falhas, os visitantes só esboçavam reação aproveitando os espaços deixados na marcação por Arroz, mas mesmo assim não eram eficientes.
Para piorar a situação do time de Jair Picerni, também não faltavam equívocos do setor defensivo. E assim chegou ao segundo gol ainda no primeiro tempo. Aos 32 minutos, em erro de Roger Bernardo, Marcelo Soares partiu pela esquerda e entrou tranqüilo na área para bater embaixo das pernas do goleiro Gisiel para ampliar.
Tensão e vitória pontepretana – Na etapa final, o Guarani voltou muito mais aceso em campo, e mostrou serviço rapidamente. Com apenas 39 segundos, Andrezinho bateu de fora da área e acertou o travessão. No rebote, a bola sobrou limpa nos pés de Cris, que tocou para o gol com o arqueiro Aranha já batido, no chão.
O gol bugrino transformou o duelo no clássico tão esperado há dois anos. Ambos os times queriam a vitória e impunham um ritmo acelerado para isso. A Ponte, contudo, foi mais eficiente para tranqüilizar o resultado. Aos 27 minutos, após cobrança de escanteio, Gisiel, que já havia grandes defesas, fez milagre em cabeçada de Luis Ricardo. Elias, na sobra, empurrou para o gol vazio.
A calma pontepretana, contudo, durou pouco. Apenas dois minutos depois, César fez pênalti ao derrubar Henrique. E o jovem atacante, bugrino assumido, não desperdiçou a chance de descontar. E injetar tensão no jogo.
O duelo ficou marcado pela apreensão das torcidas e dos protagonistas. Os alviverdes, maioria no estádio, pediam a entrada de Wanderley. O técnico Sérgio Guedes e ia colocá-lo no lugar de Elias. Ao ser conetstado, trocou a alteração. E o próprio Elias foi à linha de fundo, aos 43 minutos, para cruzar na cabeça de Wanderley. O atacante completou e selou a suada vitória em mais um grande dérbi.