O São Paulo segue sem vencer longe do Morumbi. Na quente tarde deste domingo, a equipe perdeu por 2 a 1 para a Ponte Preta, em Campinas, e chegou à terceira derrota em três jogos como visitante no Campeonato Paulista. Já havia caído também para Bragantino e Palmeiras.
Agora, terá uma semana livre para se preparar e tentar nova recuperação contra a Portuguesa, no sábado que vem, em seu estádio, onde tem 100% de aproveitamento até aqui na competição estadual. Já a Ponte, com uma partida adiada da primeira rodada, vai a campo antes, na quarta-feira, para receber o Ituano.
Neste domingo, havia um ingrediente especial. Há menos de três meses, o Moisés Lucarelli foi vetado pela na semifinal da Copa Sul-americana – a pedido do São Paulo, que fez valer a exigência de capacidade mínima de 20 mil espectadores -, o que causou irritação ao clube interiorano na ocasião. Depois daquilo, foi a primeira vez do time de Muricy Ramalho novamente em Campinas.
Também por isso, a pressão da torcida mandante, é claro, foi grande. Mas os jogadores do São Paulo aparentaram não a sentir. Ao menos não no início. Nos dez primeiros minutos, foi a equipe visitante quem mais levou perigo. Em duas cobranças de bola parada, o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos preocupou o goleiro Roberto, cabeceando a bola perto de sua meta.
Roberto também se assustou logo em seguida com um forte arremate de Dorlan Pabon que só não foi à rede por conta de desvio na defesa. O atacante colombiano fez sua estreia neste domingo, a exemplo do volante Souza. Os dois, além do lateral direito Douglas, foram as novidades na escalação tricolor, que não teve Luis Ricardo, Maicon e Luis Fabiano – o atacante foi poupado após acusar uma pequena dor muscular.
O domínio são-paulino se estendeu até a metade do primeiro tempo, quando o árbitro, em função do forte calor, paralisou a partida para que os atletas se hidratassem à beira do campo. Depois disso, o desgaste mútuo tornou o confronto mais equilibrado, para benefício da Ponte.
Aos 37 minutos, após cobrança de escanteio pela esquerda, Souza fez corte parcial, e a sobra ficou com Diego Sacoman dentro da área. O zagueiro canhoto ajeitou a bola como pôde – e só pôde com a perna direita – e bateu para fora, desperdiçando uma das melhores oportunidades de gol da Ponte antes do intervalo. Ademir, em disputa de bola com Rogério Ceni na entrada da área, perdeu outra.
A melhor delas, porém, estava reservada para os 42 minutos. O zagueiro Rodrigo Caio não interceptou como pretendia um cruzamento vindo do lado esquerdo, e a bola chegou aos pés do ex-são-paulino Silvinho. Com boa técnica, o atacante girou e chutou rasteiro, no canto esquerdo de Rogério Ceni, que não impediu a inauguração do placar.
Dez minutos depois do intervalo, Álvaro Pereira foi derrubado dentro da área e permitiu que Rogério Ceni empatasse o jogo em cobrança de pênalti rasteira, no meio do gol. Quatro minutos mais tarde, porém, a Ponte voltou a ficar em vantagem: Alemão aproveitou escanteio cobrado pelo lado direito e cabeceou; a bola ainda quicou antes de passar pelo goleiro são-paulino mais uma vez.
No tempo técnico da segunda etapa, Muricy reclamou da desatenção de seus atletas na bola aérea e tentou organizar sua formação em campo. A bronca não surtiu efeito, porém. O São Paulo pouco criou até o final da partida e só não sofreu outro gol porque Rogério Ceni espalmou uma bola cabeceada por César à queima-roupa.