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Palmeiras vira e vence Vasco: 3 a 2

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Edmundo voltou ao time titular do Palmeiras nesta quarta-feira diante do Vasco, no Palestra Itália, mas quem deixou o Palestra Itália como herói da virada em cima do Vasco não foi o Animal, e sim o zagueiro Nen e o atacante Luiz Henrique. Foram eles os autores dos dois gols palmeirenses que decretaram a vitória por 3 a 2 quando Edmundo não estava mais em campo e a equipe atuava com um a menos, já que Makelele, outra boa figura, recebera o cartão vermelho.
A vitória foi um desabafo para o técnico Caio Júnior, que fora chamado de “burro” pela torcida duas vezes na partida: ao substituir David por Makelele e ao sacar Edmundo para a entrada do jovem Luis, aos 23 minutos do segundo tempo. Com o resultado, o Verdão chegou a 22 pontos e ultrapassou o Vasco na tabela de classificação, assumindo a sexta colocação.

A primeira boa chance do jogo foi alviverde. Max foi derrubado na entrada da área. Falta, que Edmundo cobrou bem, mas a bola desviou na barreira e saiu em escanteio. Depois desse lance, no entanto, só deu Vasco em grande parte do primeiro tempo.

O time carioca conseguiu envolver o meio-campo e a defesa palmeirense com toques rápidos e em progressão, causando diversos problemas para o goleiro Diego Cavalieri, principal nome do Verdão nos primeiros 45 minutos. O camisa 12 falhou aos cinco, ao sair mal em cobrança de escanteio, mas acabou dando sorte graças ao pé torto de Perdigão. Depois disso, apareceu bem em cabeçada à queima-roupa de Leandro Amaral e em chute de Dário Conca, após bonita jogada individual.

Bonita mesmo foi a jogada de Wagner Diniz. O ala-direito vascaíno aproveitou um cochilo de Leandro ainda no campo de defesa carioca, roubou a bola e avançou em velocidade. Na entrada da área, bateu forte e obrigou Diego Cavalieri a espalmar nos pés de Rubens Júnior: 1 a 0 Vasco, aos 18 minutos. Não demorou muito e os cariocas ampliaram. Depois de falta cobrada pela esquerda por Dário Conca, a zaga palmeirense bateu cabeça e Leandro Amaral, com violência, estufou as redes, sem chances para Diego Cavalieri: 2 a 0, aos 22 minutos.

Imediatamente após o gol, Caio Júnior mexeu no esquema palmeirense: sacou David e colocou Makelele, abrindo mão dos três zagueiros e colocando em campo o time que treinou secretamente no ginásio da Academia, terça-feira. A torcida chiou e, além de chamar o treinador de “burro”, pediu a colocação de mais um atacante no time.

Apesar da reclamação das arquibancadas, o time cresceu na partida e acelerou o ritmo de jogo, obrigando Sílvio Luiz a fazer duas grandes defesas, acertando a trave em cabeçada de Martinez e perdendo gol feito com Makelele, graças a Jorge Luiz, que salvou em cima da linha.

De tanto insistir, o Palmeiras diminuiu ainda no primeiro tempo. Em boa trama do ataque, Edmundo encontrou Max, que não foi fominha e rolou para Valdívia, livre, bater forte, com raiva, aos 35 minutos: 2 a 1 Vasco.

Na base da raça, o time se inflamou e foi para cima em busca do empate, que quase saiu em duas oportunidades, ambas com Martinez, e ambas defendidas com segurança pelo goleiro Silvio Luiz. Nen também deixou o grito de gol preso na garganta ao se atirar contra a bola após cobrança de escanteio e desperdiçar a chance derradeira.

Mais pressão: O Palmeiras voltou para o segundo tempo disposto a mudar a história do jogo. Ousado, o técnico Caio Júnior sacou o volante Martinez para a entrada do atacante Luiz Henrique, mandando o time para cima do Vasco.

Max, em boa jogada de Makelele pela direita, e Valdívia, depois de boa tabela com Luiz Henrique, levaram perigo ao gol de Sílvio Luiz, mas não conseguiram decretar a igualdade no placar. Bem fechado, o Vasco assustou em esporádicos contra-ataques, mas também sem êxito no toque final.

A pressão palmeirense poderia ter sido prejudicada justamente por um de seus melhores jogadores, Makelele, que exagerou na dose ao dividir com Wagner Diniz e levou cartão vermelho do árbitro. Caio Júnior, então, queimou seu último cartucho, sacando Edmundo para a entrada do jovem Luis.

Na base da vontade, o time continuou em cima do Vasco e, a nove minutos do fim, conseguiu o que já parecia impossível. Wendel avançou pela direita, levantou a cabeça, olhou e cruzou com perfeição. Nen, que havia se aventurado ao ataque, subiu mais do que a defesa carioca para colocar fogo na partida: 2 a 2.

O que parecia impossível, aconteceu. Em cima do Vasco, o Palmeiras chegou à virada aos 42 minutos, com um chute forte de Luiz Henrique, sem chances de defesa para Sílvio Luiz. Na raça e contra as vaias, Palmeiras 3 a 2.

No próximo domingo, o Palmeiras vai a Caxias do Sul encarar o Juventude, no Alfredo Jaconi, às 16 horas. Um dia antes, às 18h10, em São Januário, o Vasco da Gama recebe o embalado time do Goiás, que nesta quarta bateu o Santos e chegou provisoriamente à vice-liderança.

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