O Palmeiras desperdiçou neste domingo a chance de carimbar sua vaga na Libertadores de 2009 com antecipação. Em um duelo movimentado, o time de Wanderley Luxemburgo ficou no 0 a 0 com o Vitória no Barradão e adiou para o próximo domingo, diante do Botafogo no Palestra Itália, a briga para definir se fica entre os quatro primeiros colocados do Brasileiro.
Sem Alex Mineiro, que começou no banco de reservas, o Verdão teve em Kleber seu principal nome, com boas chances no primeiro tempo, mas o Vitória tinha Marquinhos, reforço da equipe paulista na próxima temporada, e levou sustos a Marcos no segundo tempo. O goleiro, contudo, foi bem, e garantiu o ponto conquistado em Salvador.
O jogo – O único grande interessado na partida era o Palmeiras, que poderia até se classificar antecipadamente para a Libertadores neste domingo. O ambiente no Barradaõ, no entanto, parecia de uma decisão. Apesar de o Vitória estar praticamente garantido na Sul-americana de 2009, os donos da casa contavam com um bom número de torcedores que faziam barulho, principalmente atrás do gol de Marcos.
Em campo, o duelo se concentrava no meio-campo, principalmente por causa dos paulistas. Como já havia treinado durante a semana, Wanderley Luxemburgo deixou Alex Mineiro no banco, apostando apenas na movimentação de Diego Souza e Kléber. A maior preocupação, no entanto, era reforçar a retaguarda no duelo com a velocidade baiana, comandada por Marquinhos, reforço alviverde para a próxima temporada, auxiliado por Willians e pelo veterano Jackson.
Neste panorama, quem se destacou nos primeiros minutos foi o Rubro-negro, que assustou logo com dois minutos em chute forte, mas sem direção, de Willians. Na seqüência, porém, a principal arma alviverde começou a dar mostras de que seria o homem a ser marcado pelos baianos. Aos cinco minutos, Kléber arrancou pela direita, limpou dois marcadores na área e arrematou de esquerda. Viáfara conseguiu espalmar e contou com a sorte no rebote, quando Evandro mandou para fora.
A partir do lance, o Verdão dominou, não só pela atuação de Kléber ajudado por Diego Souza, mas porque Sandro Silva e Jumar blindavam bem o trio de zaga. O que dificultava a chegada ao ataque, porém, eram os laterais, Fabinho Capixaba pouco aparecia pela direita e Jefferson só conseguia faltas, que Evandro batia sempre nas mãos de Viáfara. Já o Vitória apostava apenas em jogadas individuais e até chegou a assustar em bom lance de Jackson que Marcos foi bem.
O Palmeiras, por sua vez, tinha Kléber, que criou frande chance aos 23 minutos, quando girou na área e deixou a bola para Diego Souza, livre dentro da área, chutar no pé esquerdo de Viáfara. Sete minutos depois, o camisa 30 voltou a aparecer bem ao partir do meio-campo, tabela com Diego, limpar três marcadores e bater cruzado. Novamente, o gol só não saiu porque Viáfara também estava bem.
Perdendo oportunidades na frente, os visitantes começaram, aos poucos, a animar os donos da casa com faltas cada vez mais próximas da área de Marcos. Um perigo criado principalmente por Marquinhos, que parecia nem ligar para o fato de já estar certo no Palestra Itália em 2009 e infernizava com sua velocidade e na bola parada. As investidas do atacante, no entanto, pararam em Marcos, que assegurou o 0 a 0 na ida ao intervalo.
Na saída de campo, o discurso rubro-negro era de mais cautela com Kléber. E foi o que os comandados de Vágner Mancini fizeram no início do segundo tempo. A bola não chegava mais tanto no Gladiador quanto em Diego Souza. De quebra, os baianos adiantaram a marcação e foram premiados com quatro boas chances. Em duas, Jackson e Ricardinho pediram pênalti de Marcos, que o árbitro mandou o jogo seguir. Nas restantes, o goleiro foi protagonista ao evitar gols de Marquinhos e Anderson Martins.
Assustado com a evolução rubro-negra, Luxemburgo sacou os escondidos Jumar e Evandro para as entradas de Léo Lima e Alex Mineiro. O efeito surtiu rapidamente. Em dez minutos, o centroavante já havia sido lançado e interrompido com marcação de impedimento e o meia tinha cruzado na medida para Gustavo, que cabeceou fraco nas mãos de Gléguer – Viáfara deixou o jogo por lesão na coxa.
A nova disposição palmeirense gerou até um pedido de pênalti em Diego Souza. O árbitro, porém, também ignorou, assim como fez em trombada de Marcos em Marcelo Cordeiro, do Vitória. Em meio às reclamações, os donos da casa seguiam assustando. Aos 37, Marco Antônio fez Marcos saltar para nova bela defesa.