Sem Edmundo, barrado, Ilsinho, Marcinho, Francis e Juninho Paulista, machucados, o Verdão foi a Curitiba neste domingo encarar o Atlético-PR, na Arena da Baixada, com a expectativa de colocar um ponto final na má fase que se instalou no Parque Antártica e insiste em permanecer por lá, mas deixou a capital do Paraná amargando mais uma derrota: 2 a 0.
Apesar de apresentar um futebol convincente na maior parte do jogo, os comandados do técnico Tite sentiram a falta de uma referência no ataque e cansaram de perder gols frente à frente com o arqueiro Cléber. Como castigo, acabaram levando um gol de queixo do volante Alan Bahia depois de uma falha do goleiro Sérgio em cobrança de falta de Fabrício no primeiro tempo e outro de Evandro, novamente depois de um rebote de Sérgio, na etapa final.
Agora, com apenas quatro pontos, o Palmeiras só tem a comemorar o fato do Santa Cruz ter sido derrotado pelo Vasco neste domingo, pois, o resultado manteve o tricolor pernambucano como lanterna do Brasileirão até a volta da Copa do Mundo, um ponto atrás do Verdão.
Quando o campeonato recomeçar, o Verdão terá pela frente justamente o time de São Januário, dia 13 de julho, às 20h30, no Parque Antártica. Já o Atlético-PR, um dia antes, abre as portas da Arena da Baixada para receber o Fortaleza, também às 20h30.
O jogo: Com o apoio de sua torcida, o Atlético-PR começou a partida pressionando o Palmeiras em busca do gol, e chegou perto logo no primeiro minuto, com Paulo André, cabeceando com perigo. Equilibrado, o Palmeiras melhorou e comandou as ações ofensivas, perdendo diversas oportunidades para abrir o placar.
Aos 23, em um mesmo lance, o Verdão perdeu três gols. Enílton e Daniel tentaram, mas pararam no goleiro Cléber. Na terceira chance, novamente Enílton chutou, mas a bola passou rente à trave paranaense. Alceu, com uma bomba da intermediária, também tentou surpreender o goleiro do Furacão, mas acertou a rede pelo lado de fora.
Depois de tanta pressão, foi a vez do Furacão ventar. A partir dos 38 minutos, a equipe paranaense passou a pressionar e conquistar seguidos escanteios. Em outra bola parada, desta vez através de uma cobrança de falta, conseguiu seu gol. Fabrício bateu forte, Sérgio falhou e, na sobra, Danilo, meio sem jeito, chutou. A bola bateu no queixo do volante Alan Bahia e entrou, apesar das reclamações palmeirenses, que pediram mão do jogador atleticano.
O Verdão ainda teve a chance do empate na etapa inicial com o improvisado Michael, aos 45 minutos, mas Cléber, bem posicionado, fez a difícil defesa e evitou o gol. ‘Precisamos manter o mesmo ritmo’, pediu o técnico Tite, na descida para os vestiários da Arena da Baixada.
Três atacantes: Ao contrário do que fez no Maracanã, quando sacou Edmundo para colocar mais um volante, Tite, forçado pelas circunstâncias, armou o time com um trio ofensivo a partir dos 11 minutos. Michael levou uma entrada dura de Paulo André e teve de deixar o campo, substituído por Roger. Enílton também saiu para a entrada de William e o time melhorou.
Alex Afonso, Amaral e Roger chegaram com bastante perigo à frente do gol paranaense, mas pararam nas mãos do seguro goleiro Cléber. O camisa um fez um verdadeiro milagre aos 16 minutos, defendendo com os pés um chute forte de Alex Afonso, de dentro da pequena área, e repetiu o feito oito minutos depois, desta vez segurando um chute do ex-são-paulino Roger.
Em vantagem, o Furacão foi à frente somente na boa e, aos 29 minutos, quase matou o jogo. Jancarlos cobrou escanteio e Alan Bahia subiu mais do que toda a zaga palmeirense para cabecear com força, no travessão do goleiro Sérgio, que apenas observou e ‘tirou com os olhos’. Dois minutos depois, no entanto, o goleiro não conseguiu salvar.
A zaga palmeirense bobeou e deixou o colombiano Ferreira livre. Com excelente visão de jogo, o camisa dez rolou para Evandro, livre na esquerda. Na primeira tentativa, Sérgio defendeu, mas, no rebote, ninguém chegou para afastar e o atacante teve todo o tempo do mundo para colocar no fundo das redes e decretar o placar final da oitava derrota palmeirense em dez jogos na competição.