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Palmeiras empata sem gols com ASA pela Copa do Brasil

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Nesta quarta-feira, mais uma vez, o Palmeiras decidiu não usar verde. E novamente provou que não merece mesmo vestir a cor do clube com mais títulos nacionais da história do futebol brasileiro. O pior público desde a reabertura do Palestra Itália não poupou xingamentos a um time que acumulou outra decepção nesta noite, ficando no 0 a 0 com o ASA, no primeiro confronto pela terceira fase da Copa do Brasil.

Os 17.212 pagantes desta noite representam menos do que os 17.528 que viram a vitória sobre o Rio Claro, em 11 de fevereiro, pelo Paulista, naquele que tinha sido o menor público da reformada casa palmeirense. Parte dos que compareceram ficou calados durante todo o primeiro tempo, em protesto que une todas as organizadas contra o preço dos ingressos. Quem abriu boca, foi só para ofender, direcionando-se principalmente a Oswaldo de Oliveira.

Foi o segundo jogo consecutivo em casa que a equipe não quis ser Verdão nem nos uniformes, e o time azul desta quarta-feira foi pior do que aquele branco derrotado pelo Goiás no domingo. Cada tentativa de encostar na bola só gerava irritação. Pelo que se viu, não sofrer gols de um rival da Série C foi realmente uma vantagem para o jogo de volta, que ocorrerá na segunda quinzena de julho, em Arapiraca, e no qual basta um empate com gols ou qualquer vitória para o Palmeiras ir às oitavas de final da Copa do Brasil.

Após protagonizar uma das piores atuações na temporada, o Palmeiras tem um Derby pela frente: visita o Corinthians, às 16 horas (de Brasília) de domingo, em Itaquera, na tentativa de vencer pela primeira vez no Brasileiro. O ASA, extremamente satisfeito por não ter perdido nesta noite, recebe o América-RN às 19h30 de sábado, pela Série C.

O jogo –Oswaldo de Oliveira não se apega à nenhuma escalação, da mesma forma que insiste no esquema. O 4-2-3-1 deixou de funcionar há semanas, mas o técnico só mexe nas peças. Os escolhidos desta noite apenas foram expostos a xingamentos de torcedores raivosos pela má fase da equipe.

Quem reclamava, porém, não era de organizada. Todas as uniformizadas do Palmeiras mantiveram o protesto contra o preço dos ingressos e dos planos para sócios-torcedores e ficaram caladas ao longo de todo o primeiro tempo. O silêncio serviu de eco para que palavrões e ofensas variadas fossem ouvidas até o intervalo, a maioria endereçada ao treinador.

Para aumentar a irritação, o ASA passou os primeiros dez minutos marcando no campo de ataque. O Verdão só conseguiu passar com mais eficiência do meio-campo graças à movimentação de Alan Patrick. Apesar das claras deficiências técnicas, o meia compensava mais uma atuação apática de Valdivia, mas a esperança de toque de bola, mesmo que estimulada por um só jogador, durou pouco.

Aos 11, Alan Patrick ajeitou de calcanhar para Egídio tocar rasteiro, encontrando Cristaldo livre, quase na pequena área, e o argentino bateu tão fraco que recuou para o goleiro. Aos 13, Alan entregou para Valdivia, que lançou com precisão para Lucas cruzar da linha de fundo e Alan Patrick aparecer para cabecear firme, obrigando Pedro Henrique a fazer boa defesa. E foi só.

O palmeirense não pôde nem imaginar mais que poderia ver as redes do ASA balançadas antes do intervalo. O Palmeiras se atrapalhava com a bola e ninguém se salvava. Entre erros de passe e divididas duras, literalmente brigando pela bola, o caro e reformulando elenco se igualava em todos os critérios com um adversário que disputa a terceira divisão nacional – e só empatou na Série C até agora.

O time alagoano não tinha nenhuma qualidade nem para fazer Fernando Prass trabalhar, mas fazia o suficiente para ser o coadjuvante de uma noite raivosa para os palmeirenses. Como se esperava, o Verdão foi para os vestiários sob intensa vaia e xingamentos, a maioria gritada com intensidade para Oswaldo de Oliveira, que teve sua saída pedida entre muitos palavrões pela maioria dos presentes.

Na volta do intervalo, as organizadas já estavam cantando, mas a equipe continuava envergonhando qualquer tradição do clube. Sobrou para Alan Patrick, substituído sob vaias por Zé Roberto, que não mudou nada no péssimo desempenho do time, assim como Leandro Pereira, escolhido para entrar no momento em que Cristaldo foi exposto a xingamentos.

O Palmeiras tinha mais vontade e, com a opção do ASA de abdicar até de contra-ataque, passou o segundo tempo inteiro no ataque. O que só fez o time acumular erros e motivos para ofensas da torcida. Aplausos foram ouvidos apenas quando Oswaldo decidiu colocar Cleiton Xavier – mesmo assim, o técnico foi chamado de “burro” por ter tirado o volante Arouca.

Diante do cansaço adversário, o Palmeiras conseguiu fazer a bola rodar a área do ASA e até fez o goleiro Pedro Henrique trabalhar um pouco. Mas o maior aliado do time alagoano era o próprio Verdão, incapaz de acertar e escapar de justas vaias na noite em que nada deu certo. Podia ser pior, já que Prass fez duas defesas difíceis depois dos 45 minutos.

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