Invicto há nove partidas, o Palmeiras foi a Campinas encarar a Ponte Preta no início da noite deste domingo com um único pensamento: iniciar o returno do Brasileirão com a mesma regularidade apresentada nas partidas pós-Copa do Mundo, para continuar sonhando com os postos mais altos da tabela de classificação.
Em um jogo que a pegada e a marcação prevaleceram sobre o talento individual, especialmente no primeiro tempo, a volta de Edmundo não resolveu, mas seu substituto, Marcinho, mostrou que tem estrela e, aos 42 minutos da etapa final, evitou a derrota palmeirense para garantir mais um pontinho para o Verdão em sua escalada rumo ao topo.
O resultado levou a equipe do técnico Tite aos 26 pontos, mas ainda na décima posição, com um jogo a mais que o Atlético-PR. A Macaca foi a 23 e permanece ameaçada pelas equipes que estão na zona de rebaixamento.
O jogo
Equilíbrio. Foi essa a palavra-chave nos primeiros 45 minutos do embate de Campinas. Com marcação forte e sem dar espaços ao adversário, Ponte e Palmeiras quase não deram trabalho aos goleiros durante toda a primeira etapa.
O time de Campinas criou suas melhores jogadas pelo setor direito, com o apoio do lateral Nei e do meia Fábio Baiano, sempre se projetando no espaço vazio. Foi dos pés do experiente jogador que saiu o cruzamento perfeito para Vélber raspar a cabeça e assustar Diego Cavalieri, na primeira chance clara de gol da Macaca.
No minuto final do primeiro tempo, praticamente em um replay do lance, Fábio Baiano foi lançado pela direita e colocou a bola na cabeça de Vélber. Desta vez, o ex-são-paulino desviou longe do alcance de Diego Cavalieri, dando a vantagem parcial ao time da casa.
O goleiro Jean, pelo lado ponte-pretano, foi praticamente um espectador no primeiro tempo, e só “acordou” quando Paulo Baier acertou um sem-pulo bonito, de fora da área, à direita da meta campineira, ou quando Enílton, de cabeça, tirou tinta de sua trave esquerda, pouco para o Verdão descer para os vestiários em igualdade no placar.
Depois do intervalo, a Ponte continuou apostando nas investidas de Fábio Baiano pela direita, enquanto o Palmeiras sofria para escapar do forte esquema de marcação armado pelo técnico Marco Aurélio.
Para tentar mudar a história do jogo, Tite sacou o zagueiro Nen para a entrada do chileno Valdívia, tornando o Verdão mais ofensivo. No minuto seguinte à substituição, no entanto, quem quase chegou foi a Macaca, que acertou a trave de Diego Cavalieri com uma cabeçada de Luis Mário e obrigou o goleirão palmeirense a bater-roupa na seqüência, com um chute forte de fora da área.
Tite mexeu de novo no time antes dos 15 minutos, trocando o apagado Edmundo por Marcinho, mas as melhores chances de gol continuaram sendo criadas pelo adversário, comandado pelo infernal Vélber.
Depois de trocar Paulo Baier por Marcelo Costa e queimar seu último cartucho, Tite foi à loucura ao reclamar de um possível pênalti em cima do chileno Valdívia. O time melhorou e pressionou a Macaca em busca do empate, que acabou chegando a três minutos do fim. Wendel e Valdívia fizeram a jogada, Jean rebateu e Marcinho, bem colocado, estufou as redes dando números finais ao espetáculo.
Na quarta-feira, o Palmeiras volta ao Parque Antártica para receber o Figueirense, às 20h30. Já a Ponte Preta, na quinta-feira, vai a São Januário para encarar o Vasco da Gama, também às 20h30.