O primeiro clássico de Palmeiras e São Paulo em 2014 servirá para mostrar a real força dos dois times, que passam por um período de confiança na temporada. Enquanto o time de Gilson Kleina é o único 100% no Campeonato Paulista, o Tricolor reagiu depois da derrota na estreia e só venceu desde então. Assim, o momento não poderia ser melhor para ambos almejarem o fim do jejum contra rivais, neste domingo, às 17 horas (de Brasília), no Pacaembu.
“É um clássico no começo do campeonato e claro que seria mais valorizado se fosse lá na frente ou no mata-mata. Mas é bom para ter um parâmetro e sentir como está seu time. Não vai ser nada definitivo, porque estamos no começo e as equipes devem mudar bastante, mas é importante testar”, afirmou o técnico Muricy Ramalho.
Nenhum dos dois venceu clássico no ano passado. Em função da passagem pela Série B do Brasileiro, o Palmeiras está sem encontrar um rival desde 27 de abril de 2013, quando foi eliminado nos pênaltis pelo Santos, no Estadual. Assim, o Verdão disputou apenas quatro clássicos naquela temporada e empatou todos no tempo normal (dois diante do Peixe, um contra Corinthians e um contra São Paulo).
Já o Tricolor desperdiçou muito mais chances de triunfar, passando em branco em dez confrontos diretos, sendo quatro empates (um diante do Verdão e três com o Alvinegro da capital) e seis derrotas (três para o Peixe e três para o Timão). Mas o retrospecto dos dois lados é ignorado neste momento. No Palmeiras, ninguém quer saber de favoritismo, mesmo jogando com maioria de torcida e sendo o único com 100% de aproveitamento em 2014.
“O Corinthians também estava um passo à frente do Santos e tomou cinco. No clássico não adianta nada falar que está em vantagem. Ganha clássico quem comete menos erros”, afirmou o meia Valdivia, tendo como alerta a goleada por 5 a 1 do Peixe sobre o time de Mano Menezes, no meio de semana.
Como se não bastasse toda a atenção que um Choque-Rei já merece, o jogo também marcará o reencontro entre o zagueiro Lúcio e seu ex-clube, o Tricolor. Mesmo obrigado a treinar separado do grupo são-paulino durante o segundo semestre do ano passado, o agora xerife alviverde ganha elogios do outro lado.
“Ai, meu Deus do céu. Vai ser duro. Era o meu companheiro de quarto quando estava aqui. Sei que é um zagueiro duro, cada um vai defender o seu lado. Desejo muita sorte ao Lúcio, mas não no domingo. Cada um defende seu lado e, depois do jogo, a gente se abraça e tudo volta ao normal”, afirmou o atacante Luis Fabiano.
Pelo lado do Palmeiras, todos querem evitar um clima de revanche por parte do zagueiro, que parece ter entendido o recado, pelo menos na teoria. “Não estou ansioso. Já tive experiência de jogar contra ex-clube e, para mim, é normal. Quero descansar e pensar só no Palmeiras. Tenho que analisar o que foi bom e ruim contra o Penapolense e encarar o próximo jogo como mais um”.
Embalado pela série de quatro triunfos, o time de Gilson Kleina tem grande chance de manter a formação que venceu por 1 a 0 o Penapolense, na quinta-feira. O jovem zagueiro Wellington, de 22 anos, segue na vaga que era de Henrique (vendido ao Napoli) e forma dupla com Lúcio. A única novidade pode ser no setor ofensivo, com Marquinhos Gabriel entrando no lugar de Mazinho.
Já o São Paulo também vai seguir com a base da rodada passada, ainda mais depois de Ganso, que reclamava de dores no joelho esquerdo até a última sexta, ter sido confirmado para o clássico.