Tudo igual no primeiro confronto entre Atlético-MG e Palmeiras pelas quartas de final da Copa Sul-americana. Na Arena do Jacaré, o Verdão chegou a sair na frente com Kleber, contudo levou o empate de Obina e deixou o gramado extremamente irritado com o árbitro Marcelo de Lima Henrique em função do marcador de 1 a 1.
O apitador mostrou-se confuso em suas decisões na etapa final. Primeiro, marcou um pênalti a favor do Palmeiras e voltou atrás, alegando impedimento de Lincoln – o assistente Erich Bandeira avisou a irregularidade com atraso, quando Kleber estava preparado para a cobrança. Pouco depois, assinalou uma penalidade para o Atlético-MG que levou o time paulista ao desespero.
De qualquer forma, o Palmeiras carrega a igualdade para o encontro de volta, no dia 10 de novembro, no estádio do Pacaembu. O Verdão pode se classificar obviamente com um triunfo ou através de um empate sem gols.
Já o Atlético-MG, que utilizou o time misto nesta quarta-feira, também pode assegurar a vaga com uma igualdade, desde que seja por dois ou mais gols. Se houver a repetição do placar por 1 a 1, o classificado para enfrentar o vencedor de Goiás e Avaí será conhecido nos pênaltis.
O Jogo – Inflamado pela torcida, o Atlético-MG tentou surpreender com uma correria nos instantes iniciais, porém encontrou um rival extremamente paciente no toque de bola. Após boa movimentação ofensiva, o Palmeiras criou a primeira oportunidade na Arena do Jacaré. Aos seis minutos, Kleber saiu na cara do gol e sucumbiu perante a intervenção do goleiro Renan Ribeiro.
Aos 19 minutos, o Alviverde sentiu o baque da saída de Valdívia, novamente em função das dores na coxa esquerda – Lincoln foi o substituto. O Atlético-MG procurou aproveitar o momento e quase marcou no arremate de Neto Berola. Deola fez uma defesa de puro reflexo.
Aos 29 minutos, mais trabalho para os médicos envolvidos na partida: foi a vez do Galo lamentar a perda de uma peça de talento. Daniel Carvalho também reclamou de dores e cedeu o lugar a Nikão.
Apesar da falta do seu armador, o Atlético-MG seguiu ligeiramente superior em campo. No entanto, faltava inspiração a Neto Berola, que não alcançava sucesso nos confrontos com Danilo dentro da área. Pouco antes do intervalo, o atacante chegou a levar uma bronca do técnico Dorival Júnior pela lentidão em finalizar para o gol.
Para o segundo tempo, a comissão técnica do Galo não perdoou. Obina foi o substituto do pouco inspirado Neto Berola. Na primeira investida do centroavante, aos nove minutos, Deola salvou.
No minuto seguinte, o Palmeiras abafou a empolgação do Atlético-MG ao marcar o primeiro gol. Aos nove minutos, Kleber tabelou com Tinga, recebeu na área e concluiu antes da chegada de Cáceres, por cima do goleiro Renan Ribeiro.
O gol deixou o Palmeiras com o controle das ações. Aos 16 minutos, Tinga só não fez o segundo porque Renan Ribeiro demonstrou elasticidade espantosa para uma defesa no canto esquerdo. Após outro susto, o Atlético-MG decidiu ficar mais ofensivo com a presença de Diego Souza.
Aos 20 minutos, a partida teve seu lance mais polêmico. Inicialmente, o árbitro Marcelo de Lima Henrique apontou um pênalti de Jairo Campos em Lincoln. Quando Kleber já havia posicionado a bola para a cobrança, o apitador foi avisado pelo assistente Erich Bandeira que havia um impedimento na jogada. No fim das contas, o Atlético-MG cobrou a infração ao seu favor.
O lance trouxe empolgação ao Atlético-MG. Em duas oportunidades, Deola fez defesas fantásticas para salvar o Palmeiras, nas conclusões de Mendez e Diego Souza.
Para irritar mais os palmeirenses, Marcelo de Lima Henrique marcou um pênalti aos 28 minutos, de Márcio Araújo em Obina, após cruzamento da direita. Por conta das reclamações, a infração demorou dois minutos para ser cobrada. Esbanjando tranquilidade, Obina converteu o chute no canto esquerdo de Deola.
No fim, o Palmeiras ainda teve a chance de vencer. Livre na área, Luan chutou firme de perna esquerda e lastimou a grande defesa do competente Renan Ribeiro. Final: 1 a 1.