O Palmeiras definiu mudanças em sua área administrativa do departamento de futebol, nesta segunda-feira. O presidente Arnaldo Tirone decidiu dispensar o gerente de futebol, Sérgio do Prado, o advogado André Sica e a equipe da assessoria de imprensa.
Os motivos da reformulação foram políticos. O ex-presidente Mustafá Contursi, que rompeu relações com Tirone, sempre cobrou do mandatário a saída dos profissionais, principalmente dos assessores.
Além disso, o clima na Academia de Futebol era tenso pela discórdia entre Sérgio do Prado e a comissão técnica. O gerente, que cuidava apenas da parte administrativa do futebol, não tinha bom relacionamento com o coordenador Galeano.
Assim, o técnico Luiz Felipe Scolari também não gostava do gerente, pois tem o ex-volante como um de seus homens de confiança. No entanto, Tirone desconversa sobre sua decisão.
"Não há motivo nenhum, ninguém é eterno. Daqui a um ano e pouco, também não estarei mais aí. Não estou preocupado com política, procuro ser honesto com o Palmeiras. Ninguém está demitindo ninguém, a questão é que o clube não tem dono. Ninguém é contra a assessoria, vou conversar com eles amanhã. Algumas coisas vão mudar", afirmou o presidente, à rádio Bandeirantes.
A direção do Palmeiras ainda não confirmou os profissionais que ocuparão os cargos a partir de agora. Na manhã desta terça-feira, a diretoria do clube se reunirá com os assessores para oficializar a saída dos profissionais. A mudança foi determinada justamente depois de o Palmeiras se livrar definitivamente do risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Há duas semanas, o Palmeiras contratou o gerente de futebol César Sampaio, mas o ex-volante participa mais das contratações, o que é uma função diferente da exercida por Sérgio do Prado.