O anúncio do fim da Copa Mato Grosso como torneio seletivo ao Campeonato Brasileiro da Série D de 2011 pode provocar uma debandada de times da competição idealizada pela Federação Matogrossense de Futebol (FMF) e Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel). Já sem Luverdense, Mixto e Vila Aurora por terem compromissos, a partir de julho, nas Séries C e D, a Copinha corre risco de não ter também a presença do Operário Futebol Clube.
A diretoria do tricolor só está aguardando uma posição oficial do presidente da FMF Carlos Orione sobre o assunto para se posicionar. Se for ratificado o que Orione anunciou na semana passada que o União de Rondonópolis, campeão estadual deste ano, for mesmo o indicado de Mato Grosso para a Quarta Divisão nacional no ano que vem, o Tricolor várzea-grandense abrirá mão de disputar o torneio.
“Sem a vaga para a Série D, nada nos motivará a entrar na disputa. Vaga para a Copa do Brasil já garantimos. Se for mantida a posição anterior da federação e da CBF, com certeza o Operário estará fora da Copa Mato Grosso. Não há mais nenhuma atração para nós”, disse o técnico Éder Taques.
De férias após a boa campanha do vice-campeonato do Mato-grossense, Taques afirmou que o seu time só voltará atrás caso a FMF, governo do Estado e a CBF encontrem uma solução para motivar os clubes. De acordo com ele, uma premiação em dinheiro aos finalistas seria uma boa saída para se evitar um esvaziamento da competição.
“Assim como Operário, outros times que lutam para chegar à Série D pensam da mesma maneira. Disputar o que sem a vaga para o Campeonato Brasileiro. Só troféu e medalhas?”, questiona o técnico operariano.
Segundo o técnico tricolor, este assunto será melhor debatido internamente, quando for definido a composição da nova diretoria do Operário. O atual presidente Wendel Rodrigues já anunciou que pretende deixar o cargo assim que aparecer pessoas dispostas a assumir o comando do Tricolor várzea-grandense. O nome mais cotado é do diretor de futebol do clube, o curitibano Hirideu Cipriano, que tem todo aval de Rodrigues.
Mas outros colaboradores do clube como os empresários Azama, Dudu Campos e o vereador Maninho de Barros têm chances de assumir a presidência do Operário. O objetivo é reunir o maior número de pessoas possíveis para formar uma associação nos moldes da Afam, que é um braço da diretoria do Mixto.