Vencer o Fluminense por boa margem de gols e ter uma boa vantagem na partida de volta, programada para o dia 9 de março, no Rio de Janeiro. É assim que o Operário está encarando a partida desta noite, 20h45, diante do time carioca pela Copa do Brasil. O Fluminense chegou a Cuiabá na tarde de terça-feira, com um time misto, poupando seus principais titulares como Petkovic e Tuta e apostando em jogadores de 17 anos.
O Operário, que lidera o grupo A do Campeonato Mato-grossense com 8 pontos ganhos, vem encarando a partida desta noite como a uma decisão de campeonato. Nem mesmo a confirmação de que os cariocas estarão no José Fragelli com um time de reservas vem tirando o ânimo dos mato-grossenses. Todos entendem que a missão será difícil, mas que o importante é vencer e fazer o maior número possível de gols para ter uma boa vantagem na partida de volta. “Vamos jogar com determinação, procurando superar todos os obstáculos. Fazer gols será nossa missão para termos mais folga na partida de volta”, disse o artilheiro Rinaldo, que espera deixar a sua marca.
O técnico Mosca não se preocupa muito com o fato do Fluminense ter deixando suas principais estrelas no Rio de Janeiro. Ele até concorda que isso poderá frustrar o torcedor, mas com relação ao jogo acha que será difícil do mesmo jeito. “Não tem esta de time A ou time B. Quem entrar em campo vai querer mostrar serviço. Portanto, vamos encontrar muita dificuldade neste compromisso”, observa, esclarecendo que os jogadores não podem perder o foco e precisam ser aguerridos em campo.
Aliás foi isso que Mosca procurou mostrar para o grupo durante o treino de ontem. Na reunião que fez com os jogadores ao ser informado que o adversário estava vindo com o time reserva, ele explicou que hoje em dia não existe “galinha morta no futebol”. “Jogo é jogo, quem for mais aplicado vence. Além disso precisamos fazer gols para ter vantagem no segundo jogo. Portanto, temos de ter aplicação, pontaria e muita vontade”, ensina.
Depois de 11 anos os tricolores voltam a medir forças, em situações bem distintas. O Operário, campeão em 1995, era o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, de craques como Bujica, o de hoje é o Operário Futebol Clube – um clube empresa que surgiu para resgatar a história do velho “Chicote” e escapar das dívidas antigas. O Fluminense daquela época, que venceu o jogo das faixas por 4 x 3, tinha Renato Gaúcho, como principal estrela – autor do famoso gol de barriga contra o Flamengo, na decisão do Carioca – hoje, enfrenta uma crise, a começar com a perda da Taça Guanabara e a queda do técnico Ivo Wortmann. O sérvio Petkovic, um dos ídolos do clube, sequer
No Fluminense, o interino Josué Teixeira decidiu mudar a equipe após a derrota para o Madureira pelo Campeonato Carioca (2 a 1). Ele sacou o lateral-direito Rissut e o volante Ângelo para a entrada de Rogério e Romeu, respectivamente.
Na vaga de Pet, Teixeira recuou o meia Pedrinho, responsável pela armação das jogadas ofensivas, para a entrada do jovem Marcelo, de apenas 17 anos. O garoto é tido como a grata promessa das Laranjeiras. E no lugar de Tuta, entra Cláudio Pitbull, que ganha nova oportunidade.
Depois da partida de hoje, Josué Teixeira volta a desempenhar o papel de auxiliar-técnico. Desta vez, ele irá assessorar Paulo Campos, anunciado ontem como novo treinador do Fluminense.
A diretoria operariana espera pelo menos 20 mil torcedores no estádio. A Seel promete a inauguração do sistema de catracas eletrônicas, com ingresso magnético.