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Operário deixa "base" em Poconé e voltará para Várzea Grande

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A “lua de mel” entre a nova diretoria do Operário e a prefeitura de Poconé pode terminar na próxima semana. Há 11 dias na cidade pantaneira, o elenco de jogadores, comissão técnica e alguns dirigentes do clube estão prestes a mudarem de endereço. Após boa parte do grupo ter deixado Rio de Janeiro rumo a Poconé, agora o time tricolor, que estreou com vitória na segunda divisão, pode voltar às suas origens. Isto é, a cidade de Várzea Grande.

Uma reunião entre o prefeito poconeano Tico de Arlindo (PP) e o presidente do Operário, empresário Sebastião Viana, pode selar de vez ou não a parceria. Uma fonte ligada à diretoria operariana, que pediu sigilo de sua identidade, revelou insatisfação dos dirigentes tricolores com o tratamento dado pela prefeitura local quanto ao compromisso em realizar uma grande reforma no estádio municipal Neco Falcão, local onde o Operário pretende mandar seus jogos pela Segundona.

No acordo selado há quase um mês, Tico de Arlindo teria se comprometido com Viana em dar uma estruturada no estádio para que o time treinasse e disputasse jogos oficiais em Poconé. Mas o trato até agora não está sendo cumprido pela prefeitura. Inclusive, os laudos técnicos dos órgãos de segurança como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) ainda não foram enviados à Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Sem a documentação, o estádio não é liberado para receber jogos oficiais.

O gerente de futebol do Operário, Antônio Sérgio, reforça a informação de que o Operário pode deixar Poconé a qualquer momento. Segundo ele, do acordo feito com a prefeitura, apenas à cessão dos campos da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), onde são realizados os treinamentos na cidade e a hospedagem estão sendo cumpridos pelo prefeito local.

“Não é do nosso interesse apenas treinar e dormir em Poconé. Queremos também jogar na cidade. Mas sem a reforma prometida pela prefeitura fica inviável permanecermos na cidade. Acho que a tendência é nós estabelecermos mesmo em Várzea Grande. Facilitará a nossa vida, já que a imprensa e torcida terão acesso ao time, além disso, evitaremos de deslocarmos diariamente para tratarmos de questões burocráticas na federação. Será mais fácil para o clube”, afirmou o dirigente.

Mesmo à espera do encontro com o prefeito de Poconé, Tico de Arlindo, para tratar da permanência ou não na cidade, a diretoria tricolor já tratou de dar uma reforma no Centro de Treinamento do clube, localizado na comunidade de Carrapicho, próximo ao rio Cuiabá. O local receberá uma limpeza geral em suas dependências, terá um vigia e aumentará a altura do muro. São claros sinais de que o Operário estará mesmo voltando para a sua verdadeira casa.

O próximo compromisso do time será no dia 16 contra o Ação está confirmado ao Dutrinha.

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