O técnico do Operário, Éder Taques, denunciou ontem manifestações racistas por parte de um grupo de torcedores do Sinop Futebol Clube contra o lateral-direito Ezequiel e o volante Bogé. O fato teria ocorrido no empate sem gols entre as duas equipes no último fim de semana, no estádio Gigante do Norte, pela Copa Mato Grosso.
De acordo com Taques, do início ao fim da partida seus atletas, ambos negros, sofreram com insultos por parte de alguns poucos torcedores sinopenses, que os chamavam de “macacos e negros safados” entre outros adjetivos depreciativos. A agressão verbal foi tanta que o treinador tricolor ensaiou partir para cima dos torcedores.
“Os insultos eram tantos e agressivos que cheguei a partir para cima do pessoal. Não quero generalizar, mas o grupo de torcedores do Sinop extrapolou ao ofender meus jogadores. Foi uma pura manifestação de racismo contra dois profissionais que estavam ali trabalhando de forma honesta. É condenável e a federação têm que tomar alguma providência com relação ao que tudo que ocorreu com Ezequiel e o Bogé”, disse, sem esconder sua irritação com a atitude dos torcedores.
Procurado pela reportagem de A Gazeta, o presidente do Sinop, Altair Cavaglieri, não foi encontrado para comentar o assunto. Já o do Operário, Wendel Rodrigues, estava em viagem, mas já estuda medidas para representar o clube de Sinop.
O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, lamentou o ocorrido prestando solidariedade aos jogadores tricolores. Segundo o dirigente, a entidade tomará ciência da acusação e se for constatado o que foi relatado por Éder Taques, o Sinop responderá pelos atos do grupo de torcedores.
Orione lembrou que caso de manifestação racista é combatida com veemência na Europa. “O clube chegar a perder mando de campo, disse.