Mesmo depois de a Fifa anunciar que os clubes europeus estão obrigados a liberar os atletas com até 23 anos para as Olimpíadas de Pequim, o Werder Bremen manteve-se irredutível e reiterou nesta segunda-feira que veta a participação do meia Diego nos Jogos.
O clube alemão reforçou a sua posição pouco depois de o pai e empresário do brasileiro, Djair da Cunha, anunciar que viajaria para a Alemanha com a intenção de forçar a ida do ex-santista à seleção olímpica. “Nós temos obrigações com o clube e com os torcedores”, justificou o diretor esportivo Klaus Allofs, ironizando as ameaças do agente do atleta.
“Nós temos contrato com o Diego, e não com o pai dele. O pai dele pode ir tranqüilamente para a Olimpíada”, disparou, enquanto a imprensa alemã já especula que a CBF pode enviar um fax à Fifa solicitando a liberação do meia. “Atualmente, não existe nenhuma obrigação dos clubes liberarem seus atletas. Portanto, não espero nenhuma reação da Fifa”, respondeu Allofs.
Em meio ao impasse, Diego se reapresentou junto com o elenco do Werder nesta segunda-feira para o início da pré-temporada e acatou a decisão do clube de mantê-lo fora dos Jogos. “Naturalmente seria um prazer jogar a Olimpíada, mas o Werder não gostaria de me liberar. A diretoria já me explicou as razões. Eu vou respeitar”, disse ele ao site oficial do time alemão.