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Nos pênaltis, sub-20 do Brasil perde decisão de mundial

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Em uma final dramática, a seleção de Gana mostrou superação a extremo para vencer o Brasil por 4 a 3, nos pênaltis após um empate por 0 a 0 no tempo regulamentar no Estádio Nacional do Cairo. Vingando a final de 1993, quando foi derrotada, desta vez a equipe africana se sagrou campeã do Mundial Sub-20 sobre a seleção brasileira.

Com um a menos durante 80 dos 120 minutos da partida após a expulsão de Addo aos 40 minutos do primeiro tempo, Gana conseguiu se desdobrar em campo e segurar a seleção brasileira, conquistando a vitória no último momento, nos pênaltis.

O triunfo consagra a campanha ganesa, que passou por Uruguai, Uzbequistão, Inglaterra, África do Sul, Coreia do Sul, Hungria e finalmente Brasil para ser coroada com o título mundial.

O jogo – Em um primeiro tempo de domínio brasileiro, a seleção comandada por Rogério Lourenço ficou com a pose de bola a maior parte do tempo, mas não conseguia concluir com perigo para o gol de Adyei. Quando tinham a bola, os ganeses se lançavam para o ataque, e não tinham calma para trabalharem as jogadas e abrirem a defesa brasileira.

Um exemplo da dominação verde e amarela foram as chances de gol, embora o Brasil não tenha criado muitas, foram três oportunidades contra apenas uma dos africanos. A primeira chance brasileira foi logo aos 11 minutos, quando Giuliano cobrou falta com veneno dentro da área e Paulo Henrique Ganso quase conseguiu mergulhar e botar para o fundo das redes, mas não alcançou a bola a tempo. Pouco depois, Alan Kardec e Alex Teixeira obrigaram Adyei a fazer duas defesas.

A única chance africana foi aos 24 minutos, com Rabiu subindo mais do que a zaga e cabeceando ao lado do gol defendido por Renan. Quando a seleção de Gana começava a tentar crescer na partida, sofreu um duro golpe. Em lance contestado pelos ganeses, Alex Teixeira disparou em um contragolpe e Addo parou o camisa 7 com um carrinho no meio-campo, recebendo cartão vermelho direto, aos 40 minutos do primeiro tempo.

Com um jogador a mais, o Brasil seguiu superior no segundo tempo, embora a seleção de Gana não desistisse ou deixasse o jogo mais fácil para os brasileiros. Sem finalizar muito, o time de Rogério Lourenço sempre buscava Alan Kardec, que perdeu duas boas chances. Na primeira, o camisa 9 puxou para a esquerda e bateu para fora, com Alex Teixeira livre do outro lado da área. No segundo lance, Douglas Costa cruzou e o atacante, desmarcado, cabeceou por cima.

Querendo a vitória, Rogério Lourenço jogou sua equipe para frente promovendo a alteração que já havia dado certo contra a Alemanha, colocando o atacante Maicon no lugar do volante Renan.

Com um a menos, a sempre ofensiva seleção ganesa limitou-se a se defender e tentar alguns contragolpes esparsos com Ayew e Adiyah, mas não teve efetividade. Como o Brasil também não conseguiu concluir, a partida foi para a prorrogação.

Pouco antes do apito final, o atacante Ayew pisou no tornozelo de Rafael Tolói, que voltou para o tempo extra no sacrifício, praticamente deixando o Brasil também com dez homens em campo.

Na prorrogação, o Brasil perdeu sua melhor chance em toda a partida. Em contragolpe rápido, Alex Teixeira avançou pela esquerda, driblou o marcador e rolou para trás para Alan Kardec, que furou. No entanto, Maicon pegou e bateu bem, e Agyei fez grande defesa.

Com as duas equipes tentando chegar ao gol adversário, mas já muito cansadas, a partida dos dois melhores ataques do Mundial (Brasil com 14 gols e Gana com 16 tentos) terminou sem nenhuma rede balançar.

Nos pênaltis, a vantagem passou a ser brasileira quando Mensah errou a terceira cobrança. No entanto, Souza bateu mal e Agyei defendeu, deixando tudo igual. A rodada seguinte foi com dois erros, de Addae e Maicon, que chutou por cima. Adiyah empatou as penalidades, que foram para as cobranças alternadas. Alex Teixeira perdeu o primeiro penal alternado e Badu converteu, dando o título à Gana.

 

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