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Neymar faz dois, provoca torcida e ajuda Barça a eliminar Atlético

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Em mais um duelo muito quente entre a capital da Espanha e a Catalunha, nesta quarta-feira, os catalães levaram a melhor. No incrível jogo de volta das quartas de final da Copa do Rei, o Barcelona confirmou seu favoritismo – e sua vantagem, imposta pelo triunfo por 1 a 0 na ida, no Camp Nou – e venceu o Atlético de Madri por 3 a 2, carimbando sua vaga na próxima fase da competição com direito a show e provocações de Neymar.

O Barcelona chegou às quartas após golear o Elche nos dois jogos, construindo um impressionante placar agregado de 9 a 0. Já o Atleti eliminou o poderoso rival Real Madrid, com uma vitória por 2 a 0 e um empate em 2 a 2. Agora, o time de Luis Enrique aguarda o vencedor do confronto entre Getafe e Villarreal, que se enfrentam pela partida de volta nesta quinta-feira. Na ida, o Villa levou a melhor por 1 a 0, e agora volta a campo para defender a ligeira vantagem conquistada.

O jogo – Com a necessidade da vitória e o apoio de sua torcida no Vicente Calderón, o Atlético saiu em disparada para o ataque desde o apito inicial. E foi assim que, logo no primeiro minuto, Fernando Torres abriu o placar para os Colchoneros com um gol relâmpago. Parecendo tranquilo no campo de defesa, Mascherano tentou rifar a bola para o ataque. Para o azar do polivalente argentino, a bola caiu nos pés de Siqueira, que acionou Torres imediatamente. Com faro de gol, El Niño cortou Mascherano e acertou o cantinho direito de Ter Stegen, que não conseguiu alcançar.

Mas a festa no Calderón durou apenas oito minutos. Aos nove, o trio de ataque do Barcelona mostrou a que veio. A jogada começou com Messi pela direita, que deu um lindo drible sobre Mario Suárez e tocou para o xará Luis Suárez. Com boa visão de jogo, o uruguaio lançou Neymar em profundidade e viu o brasileiro invadir a área sozinho e tocar na saída do goleiro Oblak para empatar.

Vendo a classificação escapar, o Atleti passou a demonstrar nervosismo, culminando no duro carrinho de Raúl García sobre Jordi Alba. A falta de ataque foi cobrada pelo goleiro Ter Stegen, que lançou Neymar na outra extremidade. O brasileiro avançou e balançou a rede, mas o árbitro já havia apitado seu impedimento, anulando o tento. Em seguida, um lance atípico foi visto no Calderón. Aos 20, Jordi Alba acidentalmente bateu de cabeça na bandeirinha do assistente, caindo no gramado com dores na testa – e a bandeira presa entre as mãos. Felizmente, a trapalhada não rendeu lesões ao lateral espanhol.

Sete minutos depois, a arbitragem voltou a aparecer do jeito convencional. Aos 27, Juanfran fez linda jogada pela direita, passou no meio de dois adversários e foi derrubado por Mascherano em cima da linha da grande área. O argentino reclamou muito, uma vez que a falta parecia ter ocorrido centímetros fora da área. Raúl García – que não tinha nada a ver com as reclamações catalães – assumiu a cobrança e converteu, tocando no canto direito de Ter Stegen.

Enquanto Neymar vivia um dia brilhante do lado azul-grená, outro brasileiro não podia dizer o mesmo. Aos 38, o Barça cobrou escanteio e Busquets tocou de cabeça. O zagueiro Miranda tentou afastar, mas acabou tocando para o fundo da própria rede, marcando contra. Dois minutos depois, Neymar fez o seu segundo, fechando a conta da etapa inicial em 3 a 2. A jogada começou no ataque do Atleti com Griezmann, que arriscou um chute e acertou o braço de Alba dentro da área – o árbitro, entretanto, mandou o jogo seguir. No contra-ataque, a bola seguiu até Messi, que lançou Alba. O lateral se esticou e conseguiu o cruzamento rasteiro para Neymar, que só teve o trabalho de empurrar para a meta.

Quando o primeiro tempo terminou, a confusão se estabeleceu no gramado do Calderón. O Atlético reclamava do suposto pênalti não marcado no lance do gol de Neymar, e o brasileiro pareceu provocar Raúl García e Fernando Torres a caminho do túnel. Pela confusão, o meia Gabi recebeu o vermelho direto no vestiário, e Arda Turan ganhou o amarelo por tentar atirar sua chuteira no árbitro assistente.

Tão logo soou o apito inicial da segunda etapa, a torcida do Atlético notou a ausência de Gabi, expulso, e se revoltou contra a arbitragem. Dessa forma, as vaias foram a trilha sonora da etapa final – a maioria delas direcionada para Neymar, quase como persona non grata no Calderón. Ainda houve tempo para Mario Suárez aplicar um duro carrinho em Messi por trás, atingindo os tornozelos do argentino, e receber o cartão vermelho pelo lance, deixando o Atlético com dois a menos em campo.

Nervosos, em dupla desvantagem numérica e observando o desânimo nas arquibancadas, os Colchoneros não tinham mais poder de reação. Dessa forma, o técnico Diego Simeone fez as três substituições de uma vez, provavelmente buscando dar tempo de jogo aos reservas, uma vez que já não enxergava mais a virada. Do outro lado, o classificado Barça controlava a bola com seu habitual tiki-taka em frente a um entregue – e eliminado – Atlético de Madri.

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