O técnico Muricy Ramalho chegou a um acordo com a diretoria do Santos e irá renovar o seu contrato até o final de 2012. A informação foi confirmada pelo próprio treinador durante entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira, no CT Rei Pelé.
"Vou ficar até o final de 2012. Houve um acerto com a diretoria e vamos renovar o contrato mesmo. Eu ia deixar para fazer esse acordo depois da eleição, mas é uma coisa natural. Claro que se o outro candidato (o oposicionista Reinaldo Guerreiro) ganhar, esse acordo não vale, mas com essa diretoria já está tudo definido", contou Muricy, que tinha vínculo com a equipe santista até abril do ano que vem.
O comandante do Peixe ainda revelou que a ideia da cúpula alvinegra era fazer um contrato mais longo, porém, ele preferiu estabelecer um período de duração mais curto. "A vontade do Santos era fazer algo a longo prazo, mas eu acho que está bom desta forma. Não estou mais na fase de ficar me segurando por causa de contrato. Seria cômodo para mim fazer um contrato extenso, ganhando bem e em dia, no time da moda no país. Assim, a diretoria também tem mais liberdade. Se o clube não estiver satisfeito com o meu trabalho, me dispensa ao final do contrato. Caso contrário, se tudo estiver bem, podemos renovar mais tarde também."
Muricy Ramalho ainda destacou que o seu novo contrato não terá aumento salarial em caso de conquista do Mundial de Clubes da Fifa, no Japão. O técnico também negou que haja uma multa rescisória ou alguma cláusula de liberação caso a CBF lhe convide para assumir o cargo de treinador da Seleção Brasileira, com base no que ocorreu em 2010, quando ele recusou o posto para cumprir o seu contrato com o Fluminense.
"Não muda nada. Até porque, se eu fosse cobrar salário maior por tudo o que eu ganho de título, já estaria milionário. Meu contrato se eu ganhar ou perder é o mesmo. Com relação a Seleção, pelo que eu conheço do presidente (Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro) e o relacionamento que ele mantém com a CBF, em um telefonema eles resolvem tudo. É que, no Fluminense, os dirigentes das duas entidades não tinham um bom entendimento na época. Mas, o importante, é que estou contente aqui e não penso em sair", encerrou.