
“Neste time, eu pegava a (camisa) oito e jogava o resto para cima. Havia uma distância enorme (para Ganso), não tenham dúvida disso. Que não fique dúvida”, sorriu o treinador. Muricy atuou pelo São Paulo entre 1973 e 1979, antes de se transferir para o futebol mexicano.
“Naquela época, o time só tinha um volante e dois meias de armação, eu e o Pedro Rocha, que era mais ou menos (risos). Eu carregava um pouco mais o piano, mas era um cara um pouco agressivo com a bola e rápido. Por isso insisto muito com os meias, que têm de fazer gol e chegar à área. É difícil encontrar esse estilo”, comentou.
A insistência do técnico é com Ganso, que ocupa o posto de titular absoluto da equipe, inclusive abrindo espaço para a saída de seu então concorrente Jadson para o Corinthians. Muricy reconheceu um esforço para deixar o camisa 10 à vontade em campo.
“Só organizo o meio para ele jogar. Coloco dois volantes para ele ficar livre, sem marcar. Não tem como fazer mais”, afirmou, descartando a hipótese de mudar totalmente o estilo do time.
“Não posso ajustar o time todo para um jogador só, não existe, a parte coletiva tem de funcionar também. Ele sabe que tem de fazer mais do que está fazendo, porque hoje em dia o numero 10 tem de fazer um pouco mais”, completou.


