A contagem regressiva para começar o campeonato mato-grossense começou e o Mixto vive um drama na busca por soluções financeiras. Com técnico já contratado e “vários jogadores acertados”, a diretoria recém-eleita está “atirando praticamente para todos os lados”, mas a resposta de empresas, empresários e até de muitos torcedores tem sido negativa. “Ninguém quer apoiar financeiramente, a credibilidade e a confiança estão muito abaladas”, disse hoje, ao Craques do Rádio, um diretor do clube, preferindo o anonimato “para não tumultuar”.
Ele mencionou que até o ex-presidente Júlio Pinheiro, que detém forte oposição dentro do Conselho Deliberativo, foi procurado. “Mas disse que no momento não vai apoiar, não mostrou interesse”, afirmou o dirigente. “Não se trata de criar pânico ou polêmica. A situação é muito difícil. Estamos conversando com os jogadores, acertando a vinda deles, mas só poderemos fechar oficialmente quando tivermos uma garantia financeira, o que não existe até agora”, completou.
Além de atletas, o clube pensa também em reforçar o seu departamento de futebol e, para isso, foi contatado José Alzir Flor, ex-diretor de base do Grêmio-RS, que hoje está no 3 de Febrero, do Paraguai, onde estava o técnico Márcio Marolla. Alzir ficou de passar uma proposta salarial, mas sua vinda também depende de recursos. Questão que está colocando em risco também a utilização do CT do Gaúcho para os treinamentos em 2015. O ex-jogador Gaúcho, dono do CT, exige pagamento adiantado e um fiador. Não foi apresentada estimativa de quanto deve ser gasto com a folha.
Uma das tentativas para levantar recursos é a venda de números para a rifa de uma moto. A Federação Mato-grossense de Futebol pretende repassar para os clubes participantes do estadual R$ 100 mil, durante o campeonato, para pagamento de despesas com transportes e outros.
A federação estipulou multa de R$ 120 mil e dois anos de suspensão de competições oficiais para clubes que não disputarem o estadual da primeira divisão, além de serem rebaixados para a segundona.