A situação do Mixto é de desespero. Enquanto em campo a equipe faz uma campanha surpreendente, embalada com a invencibilidade, líder do Grupo B e classificada para a segunda fase, nos bastidores a torcida faz “vaquinha” para levantar os recursos necessários para a viagem à Campo Novo do Parecis. Na tarde de quarta-feira o presidente do clube, Júlio Pinheiro, esteve na sede da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), para alertar o presidente Carlos Orione, sobre o risco de o time não poder viajar.
Caso isso aconteça, o clube perderá o jogo por WO e pode ser suspenso por até dois anos de competições oficiais. O presidente Carlos Orione não acredita nessa possibilidade. “A tabela está mantida”, frisou o presidente, que deixou a entidade no final da tarde, sem promover a alteração.
Nos bastidores, líderes de torcidas organizadas, como Prudente Alencar, o Dezinho, da “Boca Suja”, sugeriram fórmulas de se levantar os recursos para a viagem, como um “livro ouro”, rifas de camisas autografadas e uma “blitz” junto aos mixtenses do chamado “Grupo dos Notáveis”, formado por personalidades da sociedade cuiabana, que poderiam contribuir com o clube. Em um único dia o clube arrecadou metade do valor necessário para alugar o ônibus.
Toda a polêmica começou na segunda-feira. Mesmo já sabendo que a área da Vila Olímpica havia sido penhorada e arrematada em leilão, Júlio Pinheiro divulgou o fato após o Clássico, e, revelou ter como única fonte de renda uma “contribuição” mensal do deputado José Riva e do empresário Márcio Pardal. Nenhuma empresa patrocina o clube.
Em campo o técnico Arildo Berdun não poderá treinar a equipe nesta sexta-feira, porque o aluguel do CT do Gaúcho não foi pago.