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Marin renuncia por carta e oposição quer adiar eleição a vice da CBF

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Com os recentes desdobramentos, os bastidores do futebol brasileiro seguem pegando fogo. A menos de uma semana para as eleições a vice-presidente da CBF, marcadas para a próxima quarta-feira (16), dirigentes que se opõem ao direcionamento do mandatário licenciado Marco Polo del Nero e de Marcus Vicente, seu substituto, pedem que o pleito seja cancelado no momento devido à turbulência política atual.

Enquanto isso, José Maria Marin, vice cujo cargo ficará à disposição, enviará uma carta da prisão domiciliar, em Nova York, para renunciar ao posto, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. O dirigente se utilizará do artifício pois está proibido pelo Departamento de Justiça estadunidense de contatar membros da CBF.

Enquanto isso, a corrente que pretende adiar as eleições marcadas para quarta-feira é liderada pelo vice-presidente da entidade Gustavo Feijó, junto a outros oito presidentes de federações do Nordeste. Os dirigentes enviaram uma manifestação à cúpula da CBF nesta quarta-feira apresentando seu pedido.

O favorito às eleições para vice, no momento, é Antônio Carlos Nunes, conhecido como Coronel Nunes, que, embora seja presidente da Federação Paraense, inclusive tem o decisivo apoio dos clubes paulistas, uma vez que a vaga de Marin é para representar o Sudeste junto à administração do futebol brasileiro.

Para o senador Romário, pivô da CPI do Futebol e crítico de Marco Polo del Nero, a eleição é uma manobra na linha sucessória da presidência da entidade. Delfim Pádua Peixoto Filho, 74, é o vice mais velho e, portanto, seria o primeiro nome na lista para substituir o atual presidente licenciado em caso de queda. Mas pode perder tal posição caso Antônio Carlos Nunes, 77, seja eleito.

“Del Nero se licenciou na última quinta-feira depois da FIFA anunciar a investigação que corre contra ele no Comitê de Ética e do FBI o indiciar formalmente por corrupção e conspiração. Com a licença, o cartola indicou para o cargo de presidência seu aliado o deputado federal Marcus Vicente, quando a sucessão natural seria o vice mais velho, Delfim Peixoto, presidente da federação de Santa Catarina. Agora, Del Nero quer eleger um vice-presidente mais velho que o Delfim para entrar no lugar de Marin, mesmo sem que houvesse sido decretada vacância do cargo”, publicou o ex-atacante da Seleção Brasileira em sua conta no Facebook.

Coronel Nunes, por sua vez, defende a legalidade de sua candidatura e crê na inocência de Del Nero, mas diz esperar por mais informações para emitir uma opinião definitiva. Enquanto isso, apesar da contestação de Gustavo Feijó e demais dirigentes nordestinos, a eleição para vice-presidente da CBF está mantida para a próxima quarta-feira.

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