O Santos foi ao Vale do Paraíba encarar o Guaratinguetá sem seu artilheiro, Kléber Pereira, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Mesmo sentindo falta do camisa nove, o time de Leão foi superior ao líder do Paulistão durante todo o jogo e acabou recompensado no final, com um belo chute de Marcinho Guerreiro: 1 a 0.
O resultado mantém o Peixe vivo na busca do “milagre” da classificação, agora com 26 pontos, na oitava colocação. O Guaratinguetá, por sua vez, segue na liderança da competição, mas agora com a companhia do Palmeiras, que também tem 31 pontos.
O Peixe volta a campo para encarar mais um postulante ao título: o Corinthians. O clássico contra o tradicional rival está marcado para a próxima quarta-feira, às 21h45, na Vila Belmiro. O Guará, por sua vez, joga apenas na quinta, às 20h30, diante do Mirassol, em Mirassol.
O jogo: A partida foi prejudicada pela forte chuva que castigou o Vale da Paraíba durante todo o primeiro tempo. Mesmo assim, o Santos criou as melhores oportunidades, sempre através do veloz Renatinho, que substituiu o artilheiro Kléber Pereira, suspenso.
O camisa nove fez duas bonitas jogadas pelas beiradas e levou perigo ao gol defendido por Fábio. Na primeira oportunidade, Sebastián Pinto chegou a concluir, mas a bola saiu à esquerda da meta. Na segunda, o cruzamento de Renatinho não foi aproveitado por ninguém do ataque alvinegro.
O Guará demorou a entrar no jogo e só chegou perto da meta de Fábio Costa aos 25, através de Nenê, que arriscou de longa distância e fez o camisa um santista realizar difícil intervenção.
Fazendo muitas faltas, o Guará segurava o Santos e pendurava seus jogadores. Jackson, que já levara amarelo aos oito minutos por colocar a mão na bola, pegou Rodrigo Souto perto da linha lateral e, antes mesmo do intervalo, foi mandado para o chuveiro pelo árbitro Milton Etsuo Ballerini.
O Santos ainda reclamou de um pênalti não marcado em Domingos após lançamento de Molina para a área, mas o árbitro nada marcou. “Ele me segurou. Achei que foi pênalti, mas acho que o árbitro não viu”, comentou o zagueirão santista.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Guilherme Macuglia corrigiu o sistema defensivo sacando Nenê para a entrada de Thiago Gomes. Já Leão preferiu sacar Renatinho, o mais lúcido da equipe, para a entrada do meia Vítor Júnior.
O time continuou bem e o destaque passou a ser o colombiano Molina. Em um chute forte, da intermediária, o camisa dez tirou tinta do poste esquerdo de Fábio e quase marcou um golaço, mas levou azar.
Passados 20 minutos, Emerson Leão mandou o Santos definitivamente para cima do líder, sacando o lateral improvisado Adoniram para a entrada do atacante argentino Mariano Trípodi, que ainda não justificou a fama de artilheiro desde que chegou à Vila Belmiro.
O Santos seguiu melhor no jogo e o gol ficou maduro. Todo à frente, o time da Vila Belmiro perdeu ótimas chances para movimentar o placar com Wesley, Marcinho Guerreiro e Molina, com um bonito voleio da entrada da área. Aos 36, Wesley fez o lance mais bonito do jogo, aplicando um “drible da vaca” no marcador e batendo forte, de canhota. Fábio, bem colocado, evitou o pior.
Quando a partida se encaminhava para um péssimo empate para o Santos, Alex Silva cortou mal um cruzamento para a área e viu Marcinho Guerreiro pegar a sobra, de longe, para finalmente vencer a defesa do líder: 1 a 0 Santos, que ainda respira e sonha com o “milagre” da classificação.