Com a oficialização de sua saída do Corinthians em 2015, Mano Menezes já começou a planejar o seu futuro profissional. A intenção do treinador é iniciar um trabalho em um clube do exterior – embora não confirme em qual continente – ou seguir o exemplo de Tite e afastar-se momentaneamente do futebol para estudar.
“Mas ainda não tenho negociação alguma. Vou decidir o que fazer na próxima semana. A princípio, não quero dirigir uma equipe brasileira nos próximos meses. Recebi uma sondagem de fora do Brasil, que agora posso deixar evoluir. Se isso não acontecer, vou ficar estudando durante algum tempo, porque julgo que é muito importante aproveitar essa oportunidade”, comentou, neste sábado, logo após encerrar o seu ciclo como corintiano com uma vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma.
Mano deixará o Corinthians porque não conta com prestígio com Roberto de Andrade, candidato da situação para a sucessão do presidente Mário Gobbi (que era a favor de sua permanência) na eleição de fevereiro. Curiosamente, o favorito a assumir o seu posto é o próprio Tite, que está sem trabalhar desde deixar o Corinthians no final de 2013.
Bastante crítico em relação às constantes trocas de técnicos no futebol brasileiro, o técnico que teve uma temporada inteira no comando do Corinthians ainda se preocupou em garantir que não flerta com o rival Palmeiras – conforme ele mesmo havia deixado no ar na sexta-feira. A situação causou irritação em Dorival Júnior, atual comandante palmeirense.
“Todas as outras questões, até aquela em que havia desrespeito ao Dorival Júnior, não passam de boatos. Não existe fundamento algum no que falaram. O Dorival me conhece bem. Em uma circunstância parecida, tomei o cuidado de ligar para ele para dizer que nada aconteceria em outro clube. Não fiz isso desta vez porque era desnecessário, pois ele já me conhece”, defendeu Mano, também eximindo Tite por negociar com o Corinthians, uma vez que o clube vive uma situação “peculiar”.
Apesar das críticas ao comportamento dos dirigentes brasileiros, o agora ex-técnico do Corinthians se precaveu para explicar a sua ideia de deixar o País. “Não vou desdenhar do futebol daqui, dizer que ele não me serve. Só estou pensando na possibilidade de trabalhar no exterior porque existe a perspectiva. E, se ela existe, foi exatamente o trabalho feito no Brasil que me levou a isso”, concluiu Mano Menezes.