Poucos clubes no futebol mato-grossense obtiveram tanto sucesso fora de campo financeiramente nos últimos anos, mas o principal deles é o Luverdense, que tem apenas 9 anos de fundação. Antes de ter garantido cerca de R$ 1,3 milhão pela participação até as Oitavas de Final da Copa do Brasil o clube de Lucas do Rio Verde já havia obtido lucro com a negociação de vários de seus jogadores. Alguns até negociados para a Europa, porém sem nenhum alarde pela sua diretoria.
Marcelo Marreta, volante e quarto zagueiro, foi negociado com o futebol da Ucrânia por cerca de R$ 200 mil. O atacante Eliomar Bombinha – sensação do clubes nos primeiros anos, foi vendido para o interior de São Paulo e o lucro estimado em R$ 300 mil reais e hoje defende o Sorriso. O meia Rubinho, eleito ano passado como o Craque do Campeonato Brasileiro da Série C, foi vendido ao empresário Bismarck por R$ 100 mil e hoje está no Paraná Clube, que pagou mais R$ 300 mil e poderá desembolsar o mesmo valor em nova transação.
O zagueiro Cacá, que chegou em Lucas, vindo de Bandeirantes-PR, como volante e se transformou num dos melhores zagueiros do País, foi vendido para a Bélgica e hoje está na Itália. O clube não confirma nenhum dos valores, mas estima- se que o lucro obtido com essa negociação seria de mais R$ 200 mil.
O ala esquerdo Paulinho, que chegou à Lucas do Rio Verde, emprestado de graça pelo Chapadense-MS, foi vendido ao Clube Atlético Paranaense por cerca de R$ 300 mil.
Assim, em menos de uma década o Luverdense teria movimentado a quantia de R$ 1,4 milhões. Levando-se em conta que a despesa mensal com o elenco beira os R$ 300 mil, se bem aplicados, os recursos provenientes nas negociações seriam suficientes para novos investimentos, como contratações ou melhorias na estrutura da divisão de base, que representará Mato Grosso na Copa São Paulo de Futebol Júnior, ao lado do Juventude de Primavera.